A animação portuguesa continua em festa à espera do que pode ainda acontecer ao filme de João Gonzalez, Ice Merchants, este domingo em Hollywood.
Gonzalez é muito claro quanto ao "dia seguinte" da noite de Hollywood: "O que quero é continuar a fazer filmes". Realizador, animador, ilustrador e músico, imaginamo-lo rodeado de um cenário desenhado a grandes ilusões. Não estamos a falar dos Óscares, mas do laboratório da sua arte.
Esta nomeação levou-nos a mais do que um vol d'oiseau sobre a animação portuguesa. Que apesar de parecer ter sido bafejada pelo toque de Midas, é um sector onde se reproduzem os mesmos desejos e angústias que constituem a paisagem do cinema de imagem real, com as suas divisões entre autoria e indústria. Falámos com alguns dos seus protagonistas. Não são assim um bando tão à parte.
É o grande filme em exibição nas salas portuguesas: Pacifiction, de Albert Serra: uma contemplação atordoada da opacidade dos poderes políticos contemporâneos. Na rodagem, Benoît Magimel, o intérprete, vencedor do César 2023 por esta interpretação, descobriu quão livre um actor pode ser.
Entrevista ao realizador: "O Mal somos nós todos"
Entrevista ao actor: "Propõem-nos aquilo que sabemos fazer. É assim o cinema. É preciso saber dizer não"
Mário Lopes propõe-nos, como música, Popular Jaguar, em que Tó Trips e a sua guitarra desenham novos mapas com sensibilidade e imaginação.
Inês Nadais empurra-nos para t u m u l u s, em Lisboa e no Porto, para a nova fantasmagoria de François Chaignaud. O coreógrafo francês volta a convocar-nos para uma experiência hipnótica: procissão para 13 corpos, dança e canto.