“Insensibilidade atroz”, “falta de compaixão” e um “passo atrás”: as reacções à resposta da Igreja
Desilusão e até indignação são traços comuns nas reacções imediatas às medidas da Igreja para responder aos casos de abuso sexual de menores.
Foi um momento de pouca “compaixão”, com poucas "medidas concretas". É com estas palavras que católicos e associações que lidam com vítimas deste tipo de crimes reagiram à resposta da Igreja ao relatório da comissão independente sobre abusos sexuais. Pelo menos, 4815 crianças e jovens terão sido alvo de abusos por parte de membros da Igreja Católica nos últimos 70 anos e, por isso, era grande a expectativa esta sexta-feira para saber o que ia esta instituição fazer perante as vítimas e para evitar novos casos. Ao final da tarde, o presidente da Comissão Episcopal Portuguesa, D. José Ornelas, anunciou a criação de uma nova comissão para continuar a receber denúncias e analisar casos (embora sem grandes detalhes), de apoio psicológico para todas as vítimas que o necessitem e queiram e um “memorial”. E colocou nas mãos de cada bispo e de cada diocese a decisão de afastar alegados padres abusadores. Mas as palavras desiludiram.
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