A elegância à britânica marcou a noite dos prémios BAFTA, neste domingo, em Londres, onde se celebrou o melhor do cinema. Glamour e elegância, com apontamentos de cor, foram os destaques da passadeira vermelha no Royal Festival Hall, com os príncipes de Gales, William e Kate, a rivalizar com as estrelas da sétima arte. Uma vez mais, os herdeiros do trono britânico aproveitaram a ocasião para passar uma forte mensagem: não tem mal reutilizar roupa e até fica bem.
É apenas a quarta vez, desde que casou em 2011, que Kate Middleton marca presença nos BAFTA, mas, de cada vez que pisa a passadeira vermelha, em Londres, é para ela que todos os olhares convergem. Desde a pandemia que o príncipe William e a mulher não tinham voltado ao evento e, como tal, era alta a expectativa sobre o que vestiria a princesa.
Kate manteve-se coerente com a tendência de reutilizar peças do seu (extenso) guarda-roupa, em vez apostar num novo vestido ─ só em 2022, terão sido investidos mais de 217 mil euros em novos visuais para a futura rainha consorte. A escolha para os BAFTA recaiu numa criação Alexander McQueen, que já tinha usado em 2019, para o mesmo evento.
Kate Middleton e Príncipe William chegando à noite de premiação do 76° BAFTA, o Oscar Britânico. #PrincessCatherine #KateMiddleton #WilliamAndKate #BAFTA #BAFTAs #RedCarpet pic.twitter.com/yEIMFARGZ4
— Geleia Real YouTube (@canalgeleiareal) February 19, 2023
O modelo assimétrico em chiffon branco esvoaçante sofreu ligeiras alterações e foi desconstruído com umas elegantes luvas pretas. Curiosidade: os brincos com motivos florais que acompanham o look são da espanhola Zara, uma opção democrática e acessível. As escolhas de Kate Middleton não são feitas à toa e reflectem, aliás, a monarquia mais encolhida em todos os sentidos, aquela que Carlos III tem apregoado.
Os príncipes de Gales estiveram presentes na cerimónia, que foi também uma homenagem a Isabel II. O tributo à monarca, que morreu a 8 de Setembro de 2022, foi protagonizado por Helen Mirren. A actriz britânica, que interpretou a rainha no cinema, lembrou que sem o seu apoio, os BAFTA não seriam o que são hoje, uma vez que a rainha apadrinhava mais de meia centena de organizações ligadas à arte.
A princesa de Gales não foi a única a reutilizar um visual na passadeira vermelha. A vencedora do prémio de Melhor Actriz, a australiana Cate Blanchett, usou um vestido Maison Margiela, originalmente estreado na cerimónia dos Óscares em 2015. Num modelo igualmente minimalista, também Julianne Moore optou pela máxima “com preto, não me comprometo”, mas com um twist: umas mangas em penas. Em Dior, Carey Mulligan primou igualmente pela discrição ─ uma criação que a Vogue britânica descreve como quase conventual.
Mas não só de criações recatadas se fez a noite. A actriz norte-americana Anya Taylor-Joy surpreende sempre que pisa a red carpet e, desta feita, não desiludiu, numa criação de alta-costura Schiaparelli, a jogar com o contraste entre a minissaia do vestido e a volumosa capa, quase estilo véu.
Já a britânica Florence Pugh marca o serão com uma das opções mais arrojadas em termos de cor ─ trata-se de um vestido em tule laranja assinado pelo jovem Harris Reed, o recém-nomeado director criativo da Nina Ricci. O vestido, explica o criador, foi inspirado num modelo de 1988, resgatado dos arquivos da casa de luxo. "Foi o primeiro desenho que fiz para a marca e estou absolutamente boquiaberto por ver alguém tão incrível a usá-lo", celebra.
A comoção de Harris Reed é a prova de como as passadeiras vermelhas, mais do que uma feira de vaidades, são momentos importantes de promoção do trabalho das casas de moda e dos seus criadores que, a troco da visibilidade na imprensa e na Internet, vestem os nomeados das cerimónias de prémios.
Na galeria de imagens acima, acompanhe o desfile de estrelas na passadeira vermelha no Royal Festival Hall.