Rede Portuguesa de Arte Contemporânea conta com mais de 60 equipamentos
Em Abril irá abrir o primeiro concurso de apoio financeiro aos equipamentos culturais credenciados na RPAC. Em 2023, este programa de apoio conta com uma dotação de dois milhões de euros.
Mais de 60 equipamentos e espaços culturais, situados em 36 concelhos portugueses do continente e ilhas, aderiram à Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC), anunciou esta sexta-feira a Direcção-Geral das Artes (DGArtes).
"A primeira lista dos equipamentos /espaços que vão integrar a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea - RPAC é constituída por 58 entidades que dinamizam 66 espaços de fruição e criação artística no âmbito da arte contemporânea, assegurando ampla cobertura do território nacional", lê-se num comunicado divulgado pela DGArtes.
O diploma do Governo que criou a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, publicado em 11 de Maio de 2021 em Diário da República, define-a como uma plataforma de dinamização que irá promover a interacção de 120 instituições dispersas pelo país, já identificadas.
Este projecto em rede foi iniciado com a instalação do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra, a partir do conjunto das obras pertencentes à colecção do ex-Banco Português de Negócios (BPN), na mesma altura em que o Governo desencadeou um mapeamento dos espaços vocacionados para a arte contemporânea no território nacional.
A primeira fase de adesão à RPAC decorreu entre 15 de Setembro e 18 de Novembro do ano passado, tendo sido submetidos 78 pedidos de adesão.
Segundo a DGArtes, no comunicado divulgado nesta sexta-feira, os 66 equipamentos e espaços que aderiram à RPAC na primeira fase "estão dispersos por 36 concelhos em Portugal continental e regiões autónomas, nomeadamente seis no Alentejo, três no Algarve, 16 na Área Metropolitana de Lisboa, 14 na Região Centro, 24 no Norte - 14 na área Metropolitana do Porto -, dois na Região Autónoma da Madeira e um na Região Autónoma dos Açores".
Entre os equipamentos credenciados estão a Appleton, a Galeria Zé dos Bois, o Museu Arpad Szenes Vieira da Silva, o Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado e a Culturgest, em Lisboa, o Museu de Arte Contemporânea da Madeira, na Calheta (Ilha da Madeira), a Casa do Design de Matosinhos, a Fundação de Serralves e a Casa São Roque, no Porto, o Centro de Arte Oliva, em São João da Madeira, o gnration, em Braga, o Museu Jorge Vieira - Casa das Artes, em Beja, o Museu de Arte Contemporânea de Elvas, o LAC, em Lagos, o Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, na Ribeira Grande (Ilha de São Miguel, Açores), o Antigo Matadouro de Évora e a Solar - Galeria de Arte Cinemática, de Vila do Conde.
A DGArtes refere que "após a conclusão desta primeira fase, o processo de adesão passará a estar aberto em regime de permanência, sem interrupções, para as demais entidades que queiram submeter futuramente os seus pedidos".
A adesão à RACP "é feita de forma voluntária e sob o compromisso das entidades proprietárias e/ou gestoras de equipamentos culturais, sediadas em território nacional, promoverem actividades de valorização e dinamização da arte contemporânea, uma programação cultural própria e actividades de mediação de públicos".
Entretanto, "previsivelmente em Abril", irá abrir o primeiro concurso de apoio financeiro aos equipamentos culturais credenciados na RPAC.
Em 2023, este programa de apoio conta com uma dotação de dois milhões de euros.