Benfica dá passo seguro a caminho dos “quartos” da Liga dos Campeões
Benfica vence o Club Brugge, na Bélgica, e está bem encaminhado para seguir em frente na Champions.
Não foi espectacular, nem vibrante. Mas foi segura e adulta. O Benfica deu um enorme passo em frente rumo aos quartos-de-final da Liga dos Campeões, com um triunfo na Bélgica por 0-2 sobre o Club Brugge, na primeira mão dos “oitavos”, um resultado que deixa a formação “encarnada” bem segura para o jogo da segunda mão, a 7 de Março, na Luz.
Quem esperava uma exibição dominadora e uma vitória robusta do Benfica sobre o Club Brugge, enganou-se. Nem os “encarnados” foram tão bons como já foram nesta Champions, nem os belgas foram tão maus como a sua forma recente sugeria (uma vitória nos últimos dez jogos). É indiscutível a diferença de valor e a vitória por dois golos é importante, mas não é o fim da competitividade desta eliminatória. Este Club Brugge tem alguns argumentos para ainda lutar pela qualificação, sobretudo, algumas individualidades que podem fazer a diferença.
No jogo das expectativas, esperava-se um Benfica devorador e ofensivo e um Club Brugge acanhado e expectante. O primeiro sinal veio da equipa portuguesa logo aos 3’, com um cabeceamento de Gonçalo Ramos para as mãos de Mignolet. Mas o segundo, e de perigo bem mais elevado, veio logo a seguir a partir do flanco esquerdo, em que Buchanan avançou pelo flanco, conseguiu chegar à pequena área e só o bom posicionamento de Vlachodimos impediu o golo para a equipa orientada pelo britânico Scott Parker.
Seguiu-se um período de algum domínio do campeão belga, com mais posse de bola e algumas aproximações perigosas, mas o Benfica foi uma equipa adulta para perceber que não era o momento para abrir espaços. Manteve-se compacta e esperou pelo seu momento para atacar. Quando o fez, o golo esteve próximo várias vezes, como num remate de Aursnes ao lado aos 24’, um cabeceamento de António Silva por cima aos 26', uma bola ao poste de Rafa aos 30’ ou um novo cabeceamento de Ramos que também voou por cima da trave.
Com todas as oportunidades não concretizadas, o Benfica ainda viu a bola entrar na sua baliza. Num livre directo de Noa Lang (o internacional neerlandês foi um dos melhores em campo) já em cima do tempo de compensação, Odoi conseguiu elevar-se ao segundo poste e a bola acabou dentro da baliza de Vlachodimos – o ganês ainda festejou, mas estava adiantado no momento em que a bola foi na sua direcção.
Depois do susto, veio o intervalo. E, depois do intervalo, veio o golo. Aos 49’, numa jogada aparentemente inofensiva, Hendry derrubou Gonçalo Ramos e o árbitro italiano Davide Massa não teve dúvidas em assinalar penálti. Da marca dos 11 metros, João Mário não conseguiu enganar Mignolet, mas a bola foi com tanta força que entrou.
O marcador funcionou para o lado português e, durante quase toda a segunda parte, os “encarnados” deram uma lição de como ser uma equipa adulta num jogo de Champions. Reduziram o risco ao mínimo, deixaram que o Club Brugge desse o seu “tudo por tudo” (que foi muito pouco) e ainda marcaram mais um golo, já perto do fim, com David Neres a aproveitar uma tremenda fífia da linha defensiva belga para fazer o segundo, dando uma camada suplementar de tranquilidade para o reencontro na Luz.