Apenas o Bayern brilhou em Paris, AC Milan chega a Londres em vantagem

Nos dois primeiros jogos da primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, os bávaros foram vencer ao Parque dos Príncipes, enquanto os italianos derrotaram em casa o Tottenham

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EPA/TERESA SUAREZ

Na parte final, após a entrada de Kyllian Mbappé, o Paris Saint-Germain ainda criou um par de oportunidades, mas na primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, foi o Bayern Munique que brilhou no Parque dos Príncipes. Mostrando serem superiores colectivamente, os bávaros podiam ter construído um resultado mais dilatado, mas partem para o segundo jogo, em Munique, com apenas um golo de vantagem: tal como tinha feito na final da Liga dos Campeões de 2019/20, Kingsley Coman marcou à equipa onde fez toda a formação. Em Itália, houve o mesmo resultado: o AC Milan derrotou o Tottenham, por 1-0.

Um ano e dez meses depois de se defrontarem pela última vez, PSG e Bayern voltaram a medir forças no Parque dos Príncipes e, na ressaca de duas derrotas consecutivas a nível interno dos franceses, os alemães procuraram explorar desde o primeiro minuto o mau momento do rival.

Com Vitinha e Mbappé no banco - o avançado francês esteve quase duas semanas sem treinar -, o PSG entrou em campo com Nuno Mendes no flanco esquerdo e Danilo no meio-campo, mas o 4x4x2 de Christophe Galtier, onde se destacava a presença de Warren Zaïre-Emery (16 anos), foi neutralizado pelo plano táctico de Julian Nagelsmann.

Com a equipa desenhada num 3x4x3, o Bayern conseguia ganhar a luta no centro do terreno – mérito da qualidade da dupla Goretzka/Kimmich – e o claro domínio bávaro ficou bem espelhado na estatística ao intervalo: 60% de posse de bola; 35-10 em ataques; 9-1 em remates; 4-0 em cantos.

Apesar da inequívoca supremacia, todas as tentativas do Bayern na primeira parte esbarraram na falta de fiabilidade germânica na finalização - Choupo-Moting, aos 1’ e 30’; Pavard, aos 9’; Coman, aos 28’ – ou no acerto da defesa e guarda-redes dos franceses – Kimmich, aos 29’ e 43’; Goretzka, aos 43’.

Com Messi muito discreto e Neymar, mais uma vez, a dar mais nas vistas pelas quedas, Galtier procurou corrigir o pouco acerto táctico com a troca de um lateral (o marroquino Hakimi) por um central (Kimpembe). Porém, do outro lado, Nagelsmann também mexeu, embora sem grandes nuances tácticas: Cancelo foi substituído pelo canadiano Alphonso Davies.

Embora com outro desenho no relvado, a principal mudança no PSG no regresso dos balneários parecia ser na atitude e, na primeira meia dúzia de minutos do segundo tempo, os parisienses causaram mais problemas ao guarda-redes suíço Yann Sommer do que em toda a primeira parte. Porém, quando o PSG estava no seu melhor momento, foi um parisiense que colocou o Bayern na frente. Aos 53’, numa das primeiras vezes que tocou na bola, Davies cruzou largo e Coman repetiu o que já tinha feito na final da Champions no Estádio da Luz: marcou e não festejou contra o PSG.

Encostado às cordas, Galtier não pôde esperar mais. De imediato, lançou Mbappé (e Fabián Ruiz), mas apenas o Bayern brilhava em Paris. Nos minutos seguintes às substituições, duas grandes defesas de Donnarumma impediram que Choupo-Moting e Pavard fizessem o 0-2.

Sem mostrar qualquer capacidade colectiva, o PSG precisou de 73 minutos para construir uma oportunidade flagrante – Mbappé isolou-se, mas Sommer travou o remate do francês -, e, já com Vitinha em campo (entrou para o lugar de Danilo), a segunda ameaça do “7” do PSG ainda fez os parisienses festejarem, mas Nuno Mendes estava (um palmo) fora de jogo antes de assistir Mbappé.

Quase de seguida, com mais uma grande arrancada pela esquerda, Nuno Mendes ofereceu a Messi o empate, mas Sommer segurou o nulo na sua baliza e a terceira derrota consecutiva de um PSG que, apenas depois da entrada de Mbappé, conseguiu colocar em risco a merecida vitória do Bayern, que ainda jogou os últimos três minutos reduzido a dez jogadores – Pavard foi expulso.

Em San Siro, também houve apenas um golo, mas no duelo entre o AC Milan e o Tottenham houve mais equilíbrio e incerteza no resultado.

Com Rafael Leão a titular, os italianos colocaram-se na frente logo no minuto 7 – golo de cabeça de Brahim Díaz -, e, sem que nenhuma das equipas procurasse correr muitos riscos, o duelo manteve-se repartido até final, com oportunidades para ambos os lados, mas sem que o resultado voltasse a sofrer alterações.

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