EUA abatem objecto voador nos céus do Canadá

Terceiro incidente do género nos céus da América do Norte, um dia após o abate de outro objecto sobre o Alasca e uma semana após a saga do balão espião chinês sobre os EUA.

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Balão espião chinês abatido ao largo dos EUA a 4 de Fevereiro. Desde então, outros dois objectos voadores suspeitos foram abatidos nos céus da América do Norte Reuters/RANDALL HILL

Um caça F-22 da Força Aérea dos Estados Unidos abateu, este sábado, um objecto não identificado nos céus do Canadá.

É o terceiro incidente do género num curto espaço de tempo, um dia após o abate de outro objecto sobre o Alasca e uma semana depois de um balão espião chinês ter sido abatido após sobrevoar grande parte do território norte-americano.

O incidente deste sábado foi revelado pelo primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, através de uma mensagem na rede social Twitter.

Trudeau, que disse ter estado em contacto com o Presidente norte-americano Joe Biden, acrescentou que as forças canadianas esforçam-se agora por recuperar e analisar os destroços do aparelho, que acabou por cair no Yukon, um território remoto no noroeste do país, junto ao Alasca.

Depois de, há uma semana, o Pentágono e a Casa Branca terem apontado o dedo à China, que reconheceu ser seu o primeiro balão detectado sobre a América do Norte, escasseiam detalhes sobre os dois mais recentes incidentes.

Sobre o objecto abatido na sexta-feira, as Forças Armadas disseram apenas que seria do tamanho de um "pequeno automóvel", que voava a 40 mil pés e que parecia ser não tripulado: "Não temos mais informações neste momento sobre o objecto, incluindo as suas capacidades, propósito ou origem".

No entanto, o contexto destes dois últimos incidentes é o mesmo em que o balão espião chinês foi detectado na semana passada: uma escalada de tensão entre Washington e Pequim, com os Estados Unidos a acusarem a China de operar um programa global de espionagem através destes objectos voadores, outrora catalogados como OVNI.