Partidos gastaram cerca de 7,9 milhões nas legislativas, PS registou a maior despesa

A ordem decrescente dos gastos corresponde à dos votos alcançados nas urnas, com o PS na liderança, seguido por PSD, Chega, IL, BE, CDU, PAN e Livre.

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O PS foi o partido que mais gastou na última campanha eleitoral LUSA/MIGUEL A. LOPES

Os partidos com assento parlamentar gastaram quase oito milhões de euros na campanha para as eleições legislativas de Janeiro de 2022, tendo o PS registado a maior despesa, com cerca de 3,3 milhões.

De acordo com as contas de campanha divulgadas na quinta-feira pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP), os partidos com assento parlamentar gastaram 7.915.914 euros na campanha para as eleições legislativas.

A ordem decrescente dos gastos corresponde à dos votos alcançados nas urnas, com o PS na liderança, seguido por PSD, Chega, IL, BE, CDU, PAN e Livre.

Segundo estas contas, o PS foi o partido que mobilizou mais verbas, com 3.388.778 euros gastos, dos quais a maior parte (1.071.362 euros) foi utilizada em comícios, espectáculos e caravanas, seguidos de 686.395 euros gastos em concepção de campanha, agências de comunicação e estudos de mercado.

O saldo do PS foi ligeiramente negativo, uma vez que, segundo as contas comunicadas à ECFP, o partido arrecadou receitas na ordem dos 3.385.040 euros, dos quais 2.671.451 foram provenientes da subvenção estatal.

O PSD registou a segunda maior despesa na campanha para as legislativas, com 1.858.865 euros gastos. À semelhança do PS, a maior fatia das verbas mobilizadas pelo PSD foi destinada à organização de comícios, espectáculos e caravanas, com 565.945 euros alocados para o efeito, seguido de propaganda, comunicação impressa e digital (480.388 euros).

Também o saldo do PSD foi ligeiramente negativo, uma vez que arrecadou 1.854.507 euros em receitas, dos quais 1.844.770 provenientes da subvenção estatal.

Em terceiro lugar, surge o Chega, com 615.390 euros em despesas, dos quais 178.514 foram gastos em estruturas, cartazes e telas, e 115.287 em "brindes e outras ofertas". O saldo registado pelo partido foi positivo, com receitas de 627.637 euros.

A Iniciativa Liberal (IL) foi o quarto partido com maiores gastos, com 599.002 euros de despesa, dos quais 153.988 foram destinados a estruturas, cartazes e telas, e 128.483 a comícios, espectáculos e caravanas. O saldo da IL foi nulo, uma vez que as receitas corresponderam precisamente às despesas: 599.002 euros.

Perto da IL, e registando igualmente um saldo nulo, o Bloco de Esquerda teve despesas de 590.428 euros, a maioria das quais (139.731 euros) destinados a estruturas, cartazes e telas, seguido de propaganda, comunicação impressa e digital (139.381 euros).

Também na ordem dos 500 mil euros, a Coligação Democrática Unitária (CDU), que integra o PCP, registou despesas de 551.771 euros, com mais de metade (269.476) alocadas a custos administrativos e operacionais, seguido de 142.499 euros para propaganda, comunicação impressa e digital.

À semelhança de IL e BE, também a CDU teve receitas equivalentes às despesas: 551.771 euros.

Nos partidos que conseguiram eleger um único deputado, o PAN registou despesas de 252.030 euros, com uma receita equivalente. Já o Livre gastou 59.650 euros na campanha, tendo também registado um saldo negativo nulo.