O estranho mundo das ordens profissionais
O mundo mudou, a economia mudou, Portugal mudou, e pretender que velhos formatos de organização social são perenes e insusceptíveis à mudança é um erro que nos amarra ao passado.
Num determinado momento do debate sobre a reforma das ordens profissionais, o deputado do Bloco de Esquerda José Soeiro virou-se para a bancada do PS e “acusou-a” de ser “liberal”. No final da discussão, é certo que a Iniciativa Liberal votou ao lado dos socialistas um decreto-lei que altera profundamente a natureza das ordens profissionais. Porque, como defendeu a troika, reclama a União Europeia ou a OCDE, recomenda a Autoridade da Concorrência e exige a Comissão Europeia para libertar as verbas do PRR, os poderes das ordens são estranhos numa sociedade e numa economia abertas.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.