A avalanche da droga, empurrada de bairro em bairro, desembocou na Pasteleira
Depois da demolição das Torres do Aleixo, a pressão do tráfico de droga aumentou na Pasteleira, onde quem consome quer dignidade e quem mora reclama por descanso e segurança.
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Num acampamento nas imediações dos bairros da Pasteleira Nova e Pinheiro Torres, dentro de uma de várias tendas ali montadas estão Marta, Joana e Nuno (nomes fictícios). Joana, que já passou dos 60 anos, prepara um “caneco”. O lugar é abrigado. Não há quem ali passe, mas quando o PÚBLICO se aproxima, esconde na mesma o artefacto usado para fumar base de cocaína e pede desculpa. A porta de tecido está entreaberta. Os três convidam a entrar, que podem esperar mais um pouco para fumar. Nuno está de pé, a tenda tem altura suficiente para poder esticar as pernas. As duas mulheres estão sentadas no chão.
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