Porto de Mós vai ter centro de interpretação dedicado ao medronho e ao mel

A associação ambientalista Vertigem vai criar um centro de interpretação do medronho e do mel numa antiga escola primária de Porto de Mós. Para breve está o lançamento de um projecto de apiturismo.

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Associação Vertigem vai criar um centro interpretativo do medronho e do mel em Porto de Mós Nelson Garrido (Arquivo)

Porto de Mós vai ter um novo centro de interpretação dedicado ao medronho e ao mel, uma iniciativa da associação ambientalista Vertigem, sediada no concelho. O novo espaço ficará instalado na antiga escola primária do Poço da Chainça, na freguesia de São Bento.

De acordo com Rui Cordeiro, presidente da Vertigem, esta iniciativa faz parte de um projecto que a associação tem vindo a "desenvolver há algum tempo que tem a ver com a utilização do medronho", nomeadamente "para a destilação para aguardente" ou "dos frutos também desidratados, para coberturas de chocolate, para bombons, na altura do Natal".

"Entretanto, as coisas foram evoluindo e criámos uma marca, M. de Mós", adiantou, explicando que os produtos começaram a estar disponíveis em feiras, sendo que a associação foi contactada para "ir mais além, ou seja, criar uma pequena destilaria, onde as pessoas locais poderiam vir com os seus medronhos fazer elas a destilação e ter uma garrafa personalizada".

Quanto ao mel, desde 2012, 2013 que a Vertigem "passou a ter abelhas e a fazer algumas experiências na área da apicultura, mas uma apicultura sustentável", tendo, igualmente, registado a marca.

O dirigente assinalou que estes foram os passos que conduzem à criação do centro de interpretação, dedicado ao medronho e ao mel, a instalar em parte da antiga escola do Poço da Chainça, no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, espaço cedido através de um contrato de comodato com a Câmara Municipal de Porto de Mós. "Vai ter valências na área da educação ambiental, mas também na área da comunidade", declarou.

O investimento previsto é de cerca de 30 mil euros e, segundo Rui Cordeiro, uma parte inicial é "assegurada por parte do município, com as obras que são necessárias para que [o espaço] possa ser utilizado", sendo o restante financiado por um prémio empresarial que a associação ganhou.

"Estamos a prever iniciar as actividades, ou seja, receber as escolas a partir do próximo ano lectivo", adiantou, referindo que o centro estará aberto também a outros grupos de visitantes.

Rui Cordeiro acrescentou que a associação vai "iniciar um novo serviço, o apiturismo, que é um turismo da apicultura", mercado que "está bastante interessante nalguns países já". "A ideia será envolver os apicultores locais para esta dinâmica", esclareceu, referindo que este projecto tem vários parceiros, incluindo a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, na área científica, técnica e de formação.