Príncipe André terá sido expulso de apartamento no Palácio de Buckingham
O duque de York terá de devolver os aposentos que ocupava desde os anos 80 na residência oficial do monarca britânico. No final do ano passado, fechou o seu gabinete de comunicação.
Dizia-se que o príncipe André era o filho favorito de Isabel II e manteve-se próximo da mãe, mesmo depois do escândalo de abusos sexuais que o levou a abandonar os deveres reais. A relação entre o duque de York e o irmão já não será tão próxima. Carlos III terá pedido a André que deixasse o apartamento que tinha no Palácio de Buckingham, ocupado há décadas, avançou o tablóide The Sun.
“O rei deixou claro que o Palácio de Buckingham não é um lugar para o príncipe André”, disse uma fonte próxima da família real ao jornal britânico. “Primeiro, os escritórios dele [André] fecharam no ano passado e agora são os seus aposentos”, acrescentou. O tablóide terá tentado contactar o Palácio, mas sem sucesso.
Só passaram alguns meses desde que Carlos foi proclamado rei, mas já começou a implementar o seu ideal de uma família real mais reduzida, que, aliás, sempre apregoou. Agora, o Palácio de Buckingham deixará de ter lugar para o duque de York, que há um ano perdeu não só o título de “alteza real”, como os títulos militares e patrocínios reais. André, amigo de Jeffrey Epstein, esteve envolvido num processo de abusos sexuais nos Estados Unidos, a que chegou acordo extrajudicial.
O apartamento em Buckingham estava na posse de André desde os anos 80, quando foi preparado para receber o novo casal, na sequência do casamento com Sarah Ferguson. “André adorava ter a suíte no Palácio de Buckingham, onde não só se preparou para a vida de casado, como usou para apartamento de solteiro, depois do divórcio”, explica a mesma fonte.
Nesse apartamento, André reunia uma colecção de mais de 70 ursos de peluche que tinham de ser organizados de forma peculiar, contou uma das antigas funcionárias do Palácio. “Assim que consegui o trabalho, falaram-me dos ursinhos e disseram-me como é que os queria”, relatou Charlotte Briggs ao The Sun. Os peluches vinham de todas as partes do mundo e, grande parte, estava vestido de marinheiro — o príncipe fez carreira militar na Marinha britânica.
Terá sido a essa mesma suíte que André trouxe as novas namoradas depois do divórcio, em 1996, incluindo a modelo e actriz norte-americana Caprice Bourre, que esteve duas vezes no Palácio. Conta-se que, para a impressionar, o duque terá até deixado que se sentasse no trono de Isabel II.
Deixar de ter um espaço na residência oficial do rei não é sinónimo de que André ficará sem-abrigo — muito pelo contrário. O duque continua a partilhar casa com a ex-mulher, no Royal Lodge, em Windsor. A casa de ambos pertencia à rainha-mãe, Isabel, que morreu em 2002.
Além dessa propriedade, lembra o The Sun, o príncipe poderá mudar-se para um pequeno apartamento no Palácio de St. James, onde a filha mais velha, a princesa Beatrice tem uma casa com quatro quartos. Já a filha mais nova, Eugenie, divide o tempo entre a Inglaterra e Portugal — em Melides, para onde se mudou no ano passado. A princesa está à espera do segundo filho com o marido Jack Brooksbank.
Recentemente, o Daily Mail noticiou, ainda, que, no Dia da Coroação de Carlos III, a 6 de Maio, André não deverá ficar ao lado dos monarcas, na varanda do Palácio de Buckingham, a cumprimentar a multidão. Além do irmão, o soberano terá também excluído desse momento o filho Harry e a mulher Meghan Markle. Os duques de Sussex caíram em desgraça entre os Windsor, depois de um documentário e um livro de memórias, onde Harry lança farpas ao pai e ao irmão, William, acusando-o inclusive de agressão.