Inundações na baixa do Porto. Chuva forte deverá regressar esta madrugada

Estação de São Bento já reabriu e a circulação de uma das faixas da Rua Mouzinho da Silveira deve ser reposta às primeiras horas de domingo.

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Teresa Miranda
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Afurada, Vila Nova de Gaia
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Afurada, Vila Nova de Gaia Paulo Pimenta
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Afurada, Vila Nova de Gaia Paulo Pimenta
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Afurada, Vila Nova de Gaia Paulo Pimenta
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Afurada, Vila Nova de Gaia Paulo Pimenta

A chuva forte inundou este sábado várias ruas, habitações e lojas do Porto, e obrigou a encerrar várias vias ao trânsito e suspender a circulação na linha amarela do Metro da cidade. Até ao momento, não há registo de feridos.

Devido a uma inundação na Estação de S. Bento, a linha Amarela do Metro do Porto esteve interrompida entre as estações da Trindade (Baixa do Porto) e de Jardim do Morro (Vila Nova de Gaia). A circulação foi "normalizada" pelas 14h. A Estação de São Bento esteve "fechada para trabalhos de limpeza", justificou a empresa, mas reabriu pelas 16h.

A forte chuva inundou a zona de São Bento, a Rua das Flores e a Rua de Mouzinho da Silveira — a única rua que continua cortada. Um vídeo publicado no Twitter mostra um homem a ser arrastado pela força das águas.

A Câmara Municipal do Porto (CMP) prevê que a circulação de uma das faixas da Rua Mouzinho da Silveira reabra às primeiras horas de domingo, de acordo com a Lusa.

"Em vez de vir pelos canais e pelo rio da Vila [canal que corre no subsolo da Praça da Liberdade e da Rua Mouzinho da Silveira, em direcção ao rio Douro],​ a água escorreu à superfície. Estamos a avaliar porque é que, pela primeira vez, isso aconteceu nesta zona, que está a ser intervencionada", explicou Filipe Araújo, referindo-se às obras que decorrem entre as estações de São Bento e da Casa da Música, que passarão a estar ligadas pela Linha Rosa do metro.

O autarca, que tem também os pelouros do Ambiente e Transição Climática,​ sublinhou que ainda está a ser estudada a eventual relação entre as obras do metro e as inundações, mas admite que tenham de ser feitas "correcções" no avanço dos trabalhos.

Fonte oficial do Metro do Porto havia garantido ao PÚBLICO ser “descabido relacionar as obras em curso com as inundações verificadas na manhã deste sábado".

Contactado pelo PÚBLICO, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) do Porto informou que a situação está em fase de resolução e que não há feridos a registar.

Ao PÚBLICO, a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) adiantou ter registado, da meia-noite até às 14h20 deste sábado, um total de 247 ocorrências. Dessas, a grande maioria — quase 180 — aconteceram no Porto. O período mais crítico terá sido entre as 12h e as 14h.

O Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) recebeu, principalmente, pedidos de ajuda por causa de inundações em habitações e vias públicas.

Protecção Civil avisou

A ANEPC emitiu na sexta-feira um aviso à população para o agravamento das condições meteorológicas no fim-de-semana, com chuva e vento forte e agitação marítima, recomendando a adopção de medidas preventivas. A situação deverá voltar a agravar-se nesta madrugada e durante a manhã de domingo, das 3h00 às 9h00.

Tendo por base a informação do IPMA, a Protecção Civil avisou para precipitação no sábado, por vezes forte e persistente, que poderia levar a inundações em zonas urbanas causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento, e para cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras.

Alertou ainda para a possibilidade de deslizamentos e derrocadas motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo”, bem como arrastamento para as vias rodoviárias de objectos soltos ou desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas devido ao vento forte.

Outro dos avisos prende-se com previsão de piso rodoviário escorregadio e formação de lençóis de água.

A Protecção Civil recomenda à população que desobstrua os sistemas de escoamento das águas pluviais e retire inertes e outros objectos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas. Com Lusa

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