E a Palavra do Ano para os portugueses segundo a Porto Editora é: “Guerra”

O vocábulo escolhido, com 53% dos votos (“o maior valor percentual de votos de sempre”), espelha um dos acontecimentos que mais marcou a sociedade portuguesa em 2022: a invasão da Ucrânia pela Rússia.

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A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de Fevereiro de 2022 EPA/ROMAN PILIPEY/arquivo

“Guerra” foi a Palavra do Ano de 2022, revelando as preocupações dos portugueses com a invasão da Ucrânia, na madrugada de 24 de Fevereiro, e que se mantém até aos dias de hoje, com uma ofensiva militar em palco europeu que não se via desde a Segunda Guerra.

A segunda palavra mais votada, com 18,8% dos votos, foi “inflação”, num ano em que se atingiu um máximo dos últimos 30 anos, e a terceira foi “urgências,” que conquistou 6,6% dos votos, reflectindo os problemas de atendimento nos hospitais de situações de emergência.

As sete palavras que completam o top-10 que estava em votação, por ordem de votos, foram “rainha”, “energia”, “seca”, “abusos”, “ciberataque”, “nuclear” e “juros”.

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A Palavra do Ano, uma iniciativa da Porto Editora, é elaborada “através das sugestões recebidas no site, das pesquisas dos utilizadores feitas no Dicionário da Língua Portuguesa (www.infopedia.pt) e do trabalho permanente de observação e acompanhamento da realidade da língua portuguesa”, diz a empresa em comunicado.

Em 2022, a lista de dez candidatas, que esteve em votação durante o mês de Dezembro, foi “o resultado de mais de 7000 sugestões recebidas em www.palavradoano.pt e das principais palavras pesquisadas ao longo do ano no Dicionário da Língua Portuguesa em www.infopedia.pt”.

“O trabalho de observação e de acompanhamento da realidade da língua portuguesa permite à Infopédia e à Porto Editora”, explica-se em comunicado, “realçar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da nossa língua, acentuando o poder das palavras no quotidiano da sociedade”.

Em 2021, a Palavra do Ano em Portugal foi “vacina”, tendo sido antecedida por “saudade” (2020), “violência doméstica” (2019), “enfermeiro” (2018), “incêndios” (2017), “geringonça” (2016), “refugiado” (2015), “corrupção” (2014), “bombeiro” (2013), “entroikado” (2012), “austeridade” (2011), “vuvuzela” (2010) e “esmiuçar” (2009).

Depois de escolhida a palavra que mais significado teve em 2022 em Portugal, seguem-se as votações angolana e moçambicana, que se realizam ao longo do mês de Janeiro. Para já, em Moçambique, estão a votação as palavras “clandestinas”, “condenados”, “defesa”, “fraudes, greve, raptos, salários, selagem, sinistralidade e sufoco. No que diz respeito a Angola, informa a Porto Editora, os resultados da eleição serão divulgados pela Plural Editores ainda neste mês.

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