Na Arábia Saudita, Cristiano Ronaldo quer “mudar mentalidades”. E Georgina soltou o cabelo

Foi de cabelo solto que Georgina Rodríguez se mostrou no estádio do Al Nassr para a apresentação de Cristiano Ronaldo como a mais recente (e milionária) aquisição do clube.

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Georgina cruzou o relvado com Cristianinho, de 12 anos, os gémeos Eva e Mateo e Alana, de 5 Reuters/AHMED YOSRI
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A família acompanhou Cristiano Ronaldo no estádio Mrsool Park Reuters/AHMED YOSRI
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Da esquerda para a direita: Alana, Georgina, Mateo, Eva e Cristiano Jr. EPA/STR

Os sinais foram simbólicos, assim como as frases ditas, mas podem, de certa forma, fazer as pazes com quem olhou para a ida de Cristiano Ronaldo para um dos países que integra a lista da ONU dos maiores violadores de direitos humanos, como uma traição.

"Para mim, esta é uma grande oportunidade no futebol e para mudar a mentalidade da nova geração”, declarou Cristiano Ronaldo, chamando a atenção para como o país está em plena mudança: “Muitas pessoas não sabem, mas o Al-Nassr tem uma equipa feminina", sublinhou o internacional português que, na altura de entregar a última bola assinada ao público, optou por fazê-lo a uma menina que estava entre a audiência.

Acolhido no estádio Mrsool Park como um herói, o madeirense chegou na companhia da mulher, Georgina Rodríguez, e de quatro dos cinco filhos – apenas Bella de oito meses não acompanhou a família no evento.

As crianças, Cristianinho, de 12 anos, os gémeos Eva e Mateo e Alana, de 5, cruzaram o relvado vestidas com o equipamento do novo clube do pai. Já Georgina, que habituou os fãs a coordenados provocadores e a decotes reveladores, optou por um visual discreto e casual: calças de ganga de cintura subida, uma camisola de gola alta preta e casaco de borgonha, que completou com uma carteira rosa. No seu dedo, um anel prateado com uma safira ao centro atraiu as atenções. Mas o mais simbólico será a sua opção por se apresentar de cabelo solto.

Apesar de, como estrangeira e não muçulmana, não estar obrigada a seguir a sharia, cuja interpretação na Arábia Saudita exige que as mulheres se mostrem em público de forma discreta (a abaia deixou de ser obrigatória em 2018), e espera-se que cubram os cabelos, o facto de cruzar o estádio de cabelos soltos não deixa de ser uma declaração.

No fim de 2022, entre os países com mais infracções relacionadas com direitos humanos estava a Arábia Saudita, tendo a ONU considerado que neste país “os abusos dos direitos humanos estão descontrolados e incluem torturas, detenções arbitrárias e execuções”.

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