Demissão de Pedro Nuno Santos. PAN diz que TAP “não é caso único”, Chega quer que Marcelo actue
Inês de Sousa Real tem dúvidas sobre “opções políticas” para a TAP. Já André Ventura espera que o Presidente da República pondere “se está ou não em causa o normal funcionamento das instituições”.
A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, defendeu esta quinta-feira que, embora o ministro das Infra-estruturas e da Habitação se tenha demitido, "persistem dúvidas relativamente às opções políticas feitas em torno da TAP". Também André Ventura, presidente do Chega, reagiu à demissão de Pedro Nuno Santos considerando que é tempo de Marcelo Rebelo de Sousa avaliar "se está ou não em causa o normal funcionamento das instituições".
Numa publicação no Twitter, pela 1h desta quinta-feira, Inês de Sousa Real acrescentou ainda que o que se passa com a TAP "infelizmente não é caso único". "Banca, PPP [Parcerias Público-Privadas] rodoviárias, entre outros exemplos são sorvedouros de dinheiros públicos que fazem falta ao país", escreveu a porta-voz do partido Pessoas-Animais-Natureza.
O Presidente da República "tem de ponderar se está ou não em causa o normal funcionamento das instituições". Também numa publicação partilhada no Twitter pelas 00h30, pouco depois de ter sido noticiada a demissão de Pedro Nuno Santos, André Ventura defendeu ainda que o Governo "começa a ficar numa situação insustentável".
O ministro das Infra-estruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, apresentou na quarta-feira à noite a demissão do cargo ao primeiro-ministro, António Costa, que a aceitou.
Em comunicado divulgado esta quinta-feira pelo gabinete do ministro das Infra-estruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos explicou que "face à percepção pública e ao sentimento colectivo gerados em torno" do caso da TAP, decidiu "assumir a responsabilidade política e apresentar a sua demissão", já aceite pelo primeiro-ministro António Costa.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, demitiu na terça-feira a secretária de Estado do Tesouro, menos de um mês depois de Alexandra Reis ter tomado posse e após quatro dias de polémica com a indemnização de 500 mil euros da TAP, tutelada por Pedro Nuno Santos.