Papa pede aos jovens que mudem o mundo e não sejam escravos dos telemóveis

O Papa convidou os jovens a não ficarem parados a pensar em si mesmos, desperdiçando a vida atrás de confortos e das últimas modas, mas a “sair de seus próprios medos para alcançar quem precisa”.

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O Papa convidou os jovens a não ficarem parados a pensar em si mesmos, desperdiçando a vida atrás de confortos e das últimas modas Jonas Leupe/Unsplash

O Papa Francisco afirmou, este domingo, na cidade de Asti, em Itália, que são necessários jovens que mudem o mundo e que não sejam conformistas e escravos dos telemóveis. Francisco falava após a missa e a oração do Angelus que celebrou na cidade de Asti, no Piemonte (Noroeste de Itália), terra do seu pai e avós.

Na sua mensagem, o Papa lembrou a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), celebrada este domingo nas igrejas locais com o tema “Maria levantou-se e partiu apressadamente”, o mesmo da JMJ de Lisboa, marcada para Agosto de 2023.

O Papa convidou os jovens a não ficarem parados a pensar em si mesmos, desperdiçando a vida atrás de confortos e das últimas modas, mas a “sair de seus próprios medos para alcançar quem precisa”.

“E hoje há necessidade de jovens verdadeiramente transgressores, inconformados, que não sejam escravos dos telemóveis, mas que mudem o mundo como Maria, levando Jesus aos outros, cuidando dos outros, construindo comunidades fraternas com os outros, realizando sonhos de paz”, acrescentou o pontífice.

No final desta celebração, Francisco agradeceu “o acolhimento entusiástico” de que foi alvo na terra dos seus antepassados e concluiu com algumas frases no dialeto piemontês, que diz conhecer porque era assim que os seus avós lhe falavam.

“O meu pai deixou estas terras para emigrar para a Argentina. E nestas terras, valiosas pelos seus bons produtos agrícolas e sobretudo pela autêntica laboralidade do povo, venho redescobrir o sabor das raízes”, recordou durante a missa na catedral de Asti.

Francisco viajou no sábado até à pequena cidade de Portacomaro, para visitar os primos e almoçar em casa da prima Carla Ravezana, que acaba de completar 90 anos. Giorgio, como ela o chama, é filho de Mario Bergoglio, primo direito de sua mãe, Inês.

Antes do almoço, o pontífice quis fazer uma paragem na igreja de Portacomaro, que a sua família costumava frequentar e, no final da refeição, visitou o lar de idosos que fica mesmo em frente à casa do primo e entreteve-se à conversa com alguns dos residentes.

O Papa também visitou Tigliole, outra pequena cidade na área de Asti, onde mora uma das primas de quem é muito próximo, Delia Gai.