Três autores portugueses estão entre os dez finalistas do prémio Oceanos

Alexandra Lucas Coelho está seleccionada com Líbano, Labirinto, Djaimilia Pereira de Almeida concorre com Maremoto e José Gardeazabal com Quarentena — Uma história de amor.

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A gestora cultural e coordenadora do Oceanos Selma Caetano dr

Entre os dez finalistas da edição do Oceanos — Prémio de Literatura em Língua Portuguesa 2022, estão quatro autores brasileiros, três moçambicanos e três portugueses.

Alexandra Lucas Coelho, ex-jornalista do PÚBLICO, está seleccionada com o livro de crónicas Líbano, Labirinto; a escritora Djaimilia Pereira de Almeida, que nasceu em Luanda, concorre com o romance Maremoto e o escritor José Gardeazabal com o romance Quarentena Uma história de amor.

Na corrida estão também os brasileiros Micheliny Verunschk, com o romance O Som do Rugido da Onça; Maria Fernanda Elias Maglio, com os contos Quem Tá Vivo Levanta a Mão; Ana Martins Marques, com o livro de poesia Risque Esta Palavra; e Tatiana Salem Levy, com Vista Chinesa (a única destas quatro obras que já está publicada em Portugal, pela Elsinore).

A este rol juntam-se os moçambicanos João Paulo Borges Coelho, com o romance Museu da Revolução (editado em Portugal pela Editorial Caminho); Pedro Pereira Lopes, com os contos O Livro do Homem líquido; e Teresa Noronha, com o romance Tornado (editado em Portugal pela Exclamação).

A lista de finalistas foi anunciada na manhã desta terça-feira pelo Oceanos e pelo Itaú Cultural. No total, concorrem ao prémio dois livros de contos, um volume de crónicas, outro de poesia e seis romances.

Os dez autores seleccionados irão participar numa série de eventos no Brasil, em Moçambique e em Portugal. No Brasil, as sessões terão lugar na Livraria da Travessa de Pinheiros, em São Paulo, e na sua congénere do Leblon, no Rio de Janeiro. Em Portugal, será também a Livraria da Travessa de Lisboa a anfitriã.

Pela primeira vez na história do prémio, os três vencedores vão ser anunciados em Moçambique, a 9 de Dezembro, pelas 17h portuguesas. O evento, que se realiza em Maputo, vai ser transmitido em tempo real pelo canal YouTube do Oceanos. Uma comitiva formada pela gestora cultural e coordenadora do Oceanos, Selma Caetano, pela jornalista e curadora Isabel Lucas (colaboradora do PÚBLICO) e pelo escritor Luís Cardoso, vencedor do Prémio Oceanos 2021, deslocar-se-á para o efeito a Moçambique.

A ocasião servirá também para a assinatura de um Memorando de Entendimento com o Ministério da Cultura e Turismo de Moçambique, revela o comunicado. “Com a consolidação da parceria com Moçambique, fechada em 2022, o prémio Oceanos conta agora com a colaboração directa de Cabo Verde, Moçambique e Portugal, além da cooperação institucional da CPLP —​ Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Com isso, o Oceanos está mais próximo de seu objectivo primeiro ter parceiros com todos os países-membros da CPLP, para alcançar a totalidade da produção literária de língua portuguesa produzida ao redor mundo”, diz a organização.

O prémio tem o valor de 120 mil reais (cerca de 23 mil euros) para o vencedor, 80 mil reais (cerca de 15 mil euros) para o segundo classificado e 50 mil reais para o terceiro (quase 10 mil euros).

Depois de um júri inicial constituído por 122 escritores, poetas, professores e críticos ter feito uma primeira selecção, estes dez finalistas foram escolhidos por um júri intermediário, constituído pelos brasileiros Jeferson Tenório, Nina Rizzi, Paulo Scott e Prisca Agustoni; pelos portugueses João Luís Barreto Guimarães e José Riço Direitinho (crítico literário do PÚBLICO); e por Teresa Manjate, de Moçambique.

Durante este mês de Novembro, um júri final avaliará as dez obras seleccionadas para escolher os três vencedores. Este júri é constituído pelos brasileiros Cristhiano Aguiar, Guilherme Gontijo Flores, Joselia Aguiar e Júlia de Carvalho Hansen; por Artur Bernardo Minzo, de Moçambique; e pelas portuguesas Ana Cristina Leonardo (cronista do PÚBLICO) e Helena Vasconcelos (crítica literária do PÚBLICO).

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