Há um futuro para o STOP? CDU sugere ao executivo posse administrativa
Centro comercial que é casa para mais de 500 músicos está há vários anos em risco de fechar. Comunistas pedem intervenção da Câmara do Porto ou do Ministério da Cultura.
O alerta para o risco de encerramento do centro comercial STOP, onde mais de 500 músicos têm sala de ensaio e estúdios, voltou a soar. E a CDU vai levar o assunto à próxima reunião de câmara, na segunda-feira. Numa proposta de recomendação, a vereadora Ilda Figueiredo sugere que a autarquia ou o Ministério da Cultura tomem posse administrativa do STOP “para garantir a realização de obras mínimas, visando melhorar as condições de segurança e conforto”.
Os comunistas propõem também que as obras sejam realizadas piso a piso, sendo assegurado, se for necessário, “um local alternativo temporário” para que os músicos continuem a trabalhar. “Encontrar uma solução de gestão” onde os músicos estejam incluídos e sejam garantidas as “condições actuais de alojamento, designadamente as rendas” é outro dos pontos da proposta.
Recentemente, o Jornal de Notícias noticiou a eminência do fecho do STOP. A autarquia admitia que o edifício tinha problemas estruturais que punha em causa a segurança do edificado e de quem o frequenta - não há saídas de emergência nem sistemas de detecção de incêndio. Ainda segundo a mesma fonte, a autarquia terá dado aos proprietários do espaço um prazo, até dia 6 de Novembro, para apresentarem um projecto de especialidades no processo de licenciamento.
A Câmara do Porto chegou a admitir comprar o edifício, mas essa hipótese nunca se concretizou.
O STOP, na Rua do Heroísmo, foi aberto no início dos anos 80 e funciona como espaço cultural há mais de 20 anos.