Há um futuro para o STOP? CDU sugere ao executivo posse administrativa

Centro comercial que é casa para mais de 500 músicos está há vários anos em risco de fechar. Comunistas pedem intervenção da Câmara do Porto ou do Ministério da Cultura.

Foto
STOP funciona como espaço cultural há mais de 20 anos Paulo Pimenta

O alerta para o risco de encerramento do centro comercial STOP, onde mais de 500 músicos têm sala de ensaio e estúdios, voltou a soar. E a CDU vai levar o assunto à próxima reunião de câmara, na segunda-feira. Numa proposta de recomendação, a vereadora Ilda Figueiredo sugere que a autarquia ou o Ministério da Cultura tomem posse administrativa do STOP “para garantir a realização de obras mínimas, visando melhorar as condições de segurança e conforto”.

Os comunistas propõem também que as obras sejam realizadas piso a piso, sendo assegurado, se for necessário, “um local alternativo temporário” para que os músicos continuem a trabalhar. “Encontrar uma solução de gestão” onde os músicos estejam incluídos e sejam garantidas as “condições actuais de alojamento, designadamente as rendas” é outro dos pontos da proposta.

Recentemente, o Jornal de Notícias noticiou a eminência do fecho do STOP. A autarquia admitia que o edifício tinha problemas estruturais que punha em causa a segurança do edificado e de quem o frequenta - não há saídas de emergência nem sistemas de detecção de incêndio. Ainda segundo a mesma fonte, a autarquia terá dado aos proprietários do espaço um prazo, até dia 6 de Novembro, para apresentarem um projecto de especialidades no processo de licenciamento.

A Câmara do Porto chegou a admitir comprar o edifício, mas essa hipótese nunca se concretizou.

O STOP, na Rua do Heroísmo, foi aberto no início dos anos 80 e funciona como espaço cultural há mais de 20 anos.

Sugerir correcção
Comentar