Amazónia: aqui mora gente
Olhamos para a Amazónia em busca de respostas. Projectamos na grande floresta — que situamos algures entre o paraíso e o inferno — os nossos fantasmas do fim do mundo. Nas universidades, na programação dos espaços culturais, começa-se, timidamente, a dar voz aos indígenas. Estaremos a fazer as perguntas certas?
Em Curupira e a Máquina do Destino (2021), a cineasta brasileira Janaína Wagner coloca uma criatura lendária, a curupira, que caminha com os pés voltados para trás, desorientando quem a segue, no caminho de uma criatura fantasma, Iracema, jovem prostituta vinda um filme dos anos 70, Iracema, uma transa amazónica, de Jorge Bodanzky. O encontro dá-se na Estrada Fantasma, local real num distrito amazónico chamado Realidade, num cenário desolador de uma paisagem destruída pelo Homem.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.