Novo secretário de Estado fez adiantamento duvidoso de 300 mil euros quando liderava a Câmara de Caminha
Ex-autarca anunciou um projecto privado “absolutamente revolucionário” e levou a câmara a fazer um adiantamento de 300 mil euros, de discutível legalidade, a uma empresa da qual nada se sabe e a um empresário cujo currículo contém informações falsas. Dois anos depois, o projecto ainda não teve qualquer concretização.
O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, em funções desde o mês passado, negociou e assinou em Outubro de 2020, enquanto presidente da Câmara de Caminha, um contrato-promessa de arrendamento que obrigou o município a pagar, sem quaisquer garantias específicas, um adiantamento de 300 mil euros ao futuro senhorio. O pagamento, feito em Março de 2021, corresponde à renda de que a autarquia será eventualmente devedora daqui a mais de 25 anos pelo futuro arrendamento de um pavilhão multiusos orçado em cerca de oito milhões de euros. Mas que ainda hoje não se sabe se, e onde, vai ser construído.
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