Incêndio na Ilha de Páscoa causa danos “irreparáveis” nas estátuas Moai

Mais de 100 hectares do parque nacional onde se situam as estátuas moai foram consumidos pelo incêndio. O combate às chamas foi dificultado pela “escassez de voluntários”.

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O incêndio na Ilha de Páscoa Reuters/BOMBEROS ISLA DE PASCUA

Um incêndio na Ilha de Páscoa destruiu algumas das emblemáticas figuras de pedra, conhecidas localmente como Moai. O fogo deflagrou no parque nacional de Rapa Niu, que tem mais de 1000 estátuas de pedra, e causou “danos irreparáveis” no sítio arqueológico.

“Mais de 100 hectares foram afectados em Rano Raraku, que inclui as zonas húmidas e a dos Moai”, lê-se no comunicado oficial do parque nacional, publicado na quinta-feira no Facebook. Desde segunda-feira que a ilha tem sido devastada pelas chamas.

De acordo com a administração do parque, uma “escassez de voluntários” ditou que os incêndios dos últimos dias levassem mais tempo do que o suposto a serem dados como dominados.

Para além das estátuas, situava-se no território mais afectado pelas chamas uma pedreira que se acredita ter sido usada para extrair as pedras das estátuas originais – que datam do século XII e constituem um património reconhecido pela UNESCO.

Ariki Tepan, responsável comunitário pela manutenção e gestão do parque, descreveu os danos como “irreparáveis”.

Já o presidente da câmara da ilha de Páscoa, Pedro Edmunds Paoa, disse à Radio Pauta que acredita que o incêndio não foi acidental. “Todos os incêndios em Rapa Nui são causados por humanos”. Agora, os “danos causados pelo incêndio não podem ser revertidos”, independentemente do dinheiro que se invista na sua recuperação.

A ilha reabriu portas aos visitantes há apenas dois meses, no início de Agosto, depois de ter estado dois anos fechada devido à pandemia de covid-19. Antes da pandemia, a ilha recebia 160.000 turistas por ano, contando com dois voos diários.

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