Biblioteca P: uma colecção de livros escolhidos pelos leitores do PÚBLICO

Termina este domingo a votação nos 118 títulos sugeridos pelo jornal para a colecção que será apresentada dia 8 na Feira do Livro de Lisboa.

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A Biblioteca P, projecto que o PÚBLICO apresenta no próximo dia 8 na Feira do Livro de Lisboa, é uma selecção de dez livros, a distribuir com o jornal, que partiu de uma ideia do livreiro Luís Gomes: a de organizar uma colecção centrada em títulos que foram “muito lidos por duas ou três gerações” de portugueses, mas que se tornaram hoje difíceis de encontrar, e que funcionaria como “uma recomendação, uma passagem de testemunho” aos leitores mais novos.

E caberá aos próprios leitores do jornal decidir, votando neles no site do PÚBLICO, quais os livros que vão querer ver reeditados, ou porque os leram na adolescência e os perderam de vista, ou porque andavam a querer lê-los e não os encontravam, ou simplesmente porque se lembram de os ver nas estantes dos pais ou dos avós.

A votação abriu a 28 de Julho, mas a o elenco da colecção ainda pode mudar nestes últimos dias, até porque o PÚBLICO vai aproveitar a Feira do Livro de Lisboa para ali distribuir este fim-de-semana dez mil folhetos com códigos QR que permitirão aos visitantes do Parque Eduardo VII votar nos títulos da Biblioteca P através dos seus telemóveis.

À ideia original de Luís Gomes, que durante décadas manteve em Lisboa a livraria alfarrabista Artes & Letras, e que há alguns anos se instalou de livros e bagagens em Óbidos, a Biblioteca P somou depois as recomendações de “um painel alargado de livreiros, académicos e críticos literários”, explica o coordenador da colecção, João Pinto Sousa, da editora A Bela e o Monstro.

“Recebemos mais de 500 sugestões, e depois tivemos de fazer uma filtragem e chegámos a estas 118 obras”, explica o editor, que há muito colabora com o PÚBLICO nas colecções de livros lançadas com o jornal. O número de pessoas consultadas tornou também a colecção um pouco mais ecléctica, abrindo-a a algumas obras que já não se enquadram tão obviamente no conceito original proposto por Luís Gomes.

A lista final divide-se mais ou menos equitativamente entre obras de escritores portugueses – muitos deles estão hoje bastante esquecidos e vale a pena redescobri-los –, e livros de autores estrangeiros, incluindo um número considerável de lusófonos, mas também representações significativas das literaturas espanhola, francesa, italiana e anglo-saxónica.

Mas abstemo-nos de dar exemplos, que aqui quem escolhe são os leitores. No dia 8, pelas 16h, no pavilhão que a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros mantém na Feira do Livro de Lisboa, ficarão a saber quantas das obras em que votaram estão entre as dez eleitas.

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