Um deslumbrante diamante rosa, descrito como um dos mais puros do mundo, poderá arrecadar quase 21 milhões de euros quando for a leilão, em Hong Kong, em Outubro, avançou a casa de leilões Sotheby's nesta quarta-feira.
Com 11,15 quilates, a gema em forma de almofada chama-se Williamson Pink Star, em homenagem a dois outros diamantes cor-de-rosa. Um é o Pink Star, um diamante de corte misto oval de 59,60 quilates, vendido por um recorde de 71,2 milhões de dólares em leilão em 2017 (66,5 milhões de euros, ao câmbio da época); outro, o Williamson, um diamante de 23,6 quilates, oferecido pelo geólogo canadiano John Thorburn Williamson a Isabel II de Inglaterra por altura do seu casamento. Usado pelo monarca numa jóia Cartier, foi descoberto numa mina na Tanzânia, a mesma da qual saiu o Williamson Pink Star.
“[Diamantes cor-de-rosa] são excepcionalmente raros na natureza”, disse Kristian Spofforth, chefe de joalharia da Sotheby, à Reuters.
“Acrescenta-se então os factores extra, como o facto de ter mais de dez quilates, sem falhas internas e do tipo IIA (sem impurezas), e chega-se ao auge”, acrescentou, referindo-se a um subgrupo dos diamantes quimicamente mais puros.
As pedras coloridas de alta qualidade são apreciadas pelos milionários e Spofforth disse esperar muitas licitações para a gema quando esta for proposta para venda num leilão a 5 de Outubro.
“Vimos durante os confinamentos causados pela crise da covid que há sempre procura do raro e do belo no mundo, e isto é algo excepcionalmente raro que penso que terá muitos licitantes no dia”, concluiu.
Antes do leilão, a Williamson Pink Star irá andar em digressão pelo Dubai, Singapura e Taipé.