FC Porto foi mais forte no primeiro “clássico”

Um golo no primeiro tempo e dois no segundo, ambos de penálti, permitiram ao campeão manter um registo 100% vitorioso em 2022-23. Derrota no Dragão deixa Sporting a cinco pontos da liderança.

FC Porto's Evanilson celebrates after scoring the 1-0 lead during the Portuguese First League soccer match, between FC Porto and Sporting, at Dragao Stadium in Porto, Portugal, 20 August 2022. MANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA
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Evanilson celebra o primeiro golo da noite MANUEL FERNANDO ARAUJO
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Foi intenso e disputado durante 78 minutos, mas uma grande exibição de Diogo Costa e a entrada de Galeno fizeram a diferença no primeiro “clássico” da época. No Estádio do Dragão, num jogo em que o FC Porto mostrou mais maturidade, Evanilson colocou os portistas a vencerem perto do intervalo e, na segunda parte, dois penáltis inequívocos - Uribe marcou a primeira; Galeno a segunda - colocaram os números finais do frente a frente entre “dragões” e “leões” em 3-0, um desfecho demasiado penalizador para o Sporting.

Após uma semana marcada por recados dos treinadores para dentro - Sérgio Conceição para o balneário em Vizela; Rúben Amorim para a direcção na sequência da transferência de Matheus Nunes -, o anúncio dos “onzes” trouxe uma novidade do lado portista. Como se esperava, Conceição colocou, pela primeira vez nesta época, Otávio a titular, mas, sem Grujic, que estava lesionado, o escolhido foi Bruno Costa.

Ainda a recuperar do aziúme provocado pela venda de um dos seus trunfos, Amorim tinha pouco por onde escolher para colmatar a ausência de Matheus Nunes e, sem surpresa, foi Morita quem jogou ao lado de Ugarte. No banco, ficavam quatro adolescentes: Nazinho, Mateus Fernandes, Fatawu e Rodrigo Ribeiro.

Mostrando confiança e atrevimento, os “leões” assumiram o controlo nos primeiros minutos, período em que Diogo Costa travou com dificuldade em desvio em Uribe e viu um remate de Morita bater no poste. O FC Porto respondeu aos 17’, num lance de bola parada. Intenso, mas com pouca qualidade, o jogo, a partir desse momento, passou a ter ascendente dos “dragões”, mas sem oportunidades para qualquer dos lados.

Porém, aos 42’, o FC Porto colocou-se na frente: Taremi e Adán chocaram à entrada da pequena área e a bola sobrou para Evanilson, que fez um dos golos mais fáceis da carreira.

Num momento importante, os portistas ganhavam vantagem, mas, antes do intervalo, a igualdade só não foi restabelecida porque o FC Porto tem um dos melhores guarda-redes da Europa: com duas grandes defesas, Diogo Costa impediu que Trincão e Inácio marcassem.

A segunda parte mostrou uma equipa “azul e branca” diferente. Aparentemente por estratégia de Sérgio Conceição, o FC Porto voltou dos balneários com as linhas mais recuadas e a dar a iniciativa ao adversário. A opção deixou o Sporting desconfortável. Com um ataque móvel e sem referências na área, os “leões” passaram a sentir dificuldades para entrarem no último reduto dos “dragões” e a primeira oportunidade foi para os anfitriões: Bruno Costa rematou com perigo. O Sporting respondeu de imeadiato, mas, após uma assistência de génio de Trincão, Porro complicou e perdeu a oportunidade.

Pouco depois, começou o jogo nos bancos e, com soluções de melhor qualidade, Conceição ganhou a Amorim. Enquanto o treinador do Sporting trocou Morita por Nuno Santos, o técnico portista lançou Galeno para o lugar de Taremi e, tal como tinha acontecido na última jornada em Vizela, o extremo foi decisivo.

Um par de minutos depois de entrar, Galeno só não marcou de cabeça porque Porro substituiu Adán e travou o remate com as mãos. O espanhol foi expulso e Uribe não desperdiçou o penálti.

Mesmo com dez, o Sporting ainda tentou reagir, mas, aos 83’, mais uma grande defesa de Diogo Costa impediu que Fatawu marcasse numa das primeiras vezes que tocava na bola. Pouco depois, foi o “game over” para os “leões”: Adán derrubou Galeno na área e, na conversão do penálti, o brasileiro fez o 3-0 final.

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