Governo falha criação de vagas nas universidades para alunos desfavorecidos

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LUSA/MÁRIO CRUZ

O Governo falhou a criação de um contingente de 500 lugares no Ensino Superior para alunos de Território Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) para o próximo ano letivo, escreve nesta terça-feira o Jornal de Notícias (JN).

Segundo o diário, que cita o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, “a medida não avançou no concurso nacional de acesso” e “durante este ano será promovida uma reflexão sobre o regime geral de acesso ao Ensino Superior, ocasião em que esta matéria será ponderada”.

Esta medida era uma das principais novidades do Plano Nacional Contra o Racismo e discriminação, aprovado em Julho do ano passado, que previa quadruplicar as vagas para alunos desfavorecidos em três anos: 1000 em 2023, 1500 em 2024 e 2000 em 2025.

O programa TEIP abrange actualmente 136 agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas que estão localizadas em territórios económica e socialmente desfavorecidos, “marcados pela pobreza e exclusão social, onde a violência, a indisciplina, o abandono e o insucesso escolar se manifestam”, segundo a informação disponível no site da Direcção-geral de Educação.

O JN escreve ainda que a medida mereceu reparos do Conselho de Escolas e do presidente da Associação Nacional de Directores (ANDAEP) por se dirigir apenas a um tipo de escolas (TEIP).

Além das vagas no concurso nacional de acesso ao Ensino Superior, o plano previa igualmente a criação de vagas adicionais para alunos de escolas TEIP no acesso a cursos técnicos superiores profissionais (TESP): 150 lugares em 2023, 300 em 2024 e 300 em 2025.