Uma revolução do amor comandada por Daymé Arocena
Na sua despedida de Porto Covo, o Festival Músicas do Mundo foi marcado por um repetido apelo à revolução pelo amor e pelo respeito, e pela descontrução de clichés sobre quem chega de longe. Daymé Arocena, Maya Kamaty, Aline Frazão e Dominique Fils-Aimé deixarão saudades.
Não terá sido combinado nem objecto de orquestração por qualquer movimento organizado, mas sábado e domingo, dois últimos dias do Festival Músicas do Mundo (FMM) em Porto Covo, a maioria das protagonistas femininas acabaria a propagar e a proclamar o amor, a felicidade, a empatia, a compreensão e o respeito como revolução. Não apenas através da música, com vários graus de compromisso com a celebração, mas através das palavras cantadas e partilhadas com o público. Aline Frazão, Maruja Limón (com uma dedicatória às vidas “trans” e em defesa da liberdade de cada um decidir sobre o seu corpo), Dominique Fils-Aimé, Maya Kamaty (no seu caso, sobretudo pelo direito a uma mulher poder vestir-se sem ter de ser percorrida por olhares indisfarçados) e Daymé Arocena, todas transportariam esse apelo universal, chegado de Angola, Espanha, Canadá, Ilha Reunião e Cuba, respectivamente.
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