Duo Lina_Raül Refree mostrou em Porto Covo as entranhas do fado
O Festival Músicas do Mundo regressou após a pausa forçada de dois anos. E a noite em Porto Covo foi de festa em vários idiomas, embora a grande actuação tenha cabido a uma dupla luso-catalã que trata o fado como um abismo sonhado por John Cale.
Comentava-se sexta-feira em Porto Covo, enquanto decorriam as primeiras actuações da 22.ª edição do Festival Músicas do Mundo (FMM), que era como se um enorme hiato nos distanciasse da última vez que aqui estivéramos e, ao mesmo tempo, como se o habitual intervalo de um ano tivesse decorrido entre as duas ocasiões. Porque aquilo que se sentia num Largo Marquês de Pombal cheio de gente, mais do que o usual na noite de abertura na aldeia piscatória alentejana, era o fim de uma prolongada espera pelo regresso do FMM e, no instante seguinte, o reconhecimento de que tudo parecia inalterado – ali estavam as caras que se reconhecem de um ano para o outro, os mesmos pontos de encontro entre amigos, a repetida disposição para contactar com músicas quase sempre ausentes dos circuitos de concertos que acontecem durante o ano.
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