Abi Feijó: “Trabalhar na animação de autor é trabalhar sempre com a corda ao pescoço”
Despertou para o cinema de animação há 45 anos e é hoje uma referência na área. Mas, aos 66 anos, considera que já fez os seus filmes. Em entrevista ao PÚBLICO conta como está a construir um teatro óptico, certo de que o aguardam ainda muitos outros desafios — sempre com a imagem em movimento como fio condutor.
São cinco da tarde de um domingo e, à beira da piscina na Casa de Vilar, concelho de Lousada, mais de uma vintena de animadores reúne-se para brindar às recentes conquistas do cinema de animação português — entre outros, Laura Gonçalves, que trouxe do festival Animafest Zagreb o grande prémio e o prémio do público, e João Gonzalez, galardoado com o Prémio do Júri da Semana da Crítica em Cannes. No centro dos festejos, um nome que ninguém da área desconhece: Abi Feijó, decano da arte do cinema de animação em Portugal, que, entre outras homenagens, recebeu este ano o Prémio Sophia de Carreira, atribuído pela Academia Portuguesa de Cinema. “Um dinossauro da animação”, graceja alguém, contrariado pela ideia carinhosa de outro de que será mais “um avô”.
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