O futuro chegou e há vinhas que não vão sobreviver
O que nos espera não é bom. É tempo de parar para pensar. E a primeira pergunta que nos devíamos colocar é se faz sentido continuar a incentivar e a financiar culturas como a vinha em lugares extremos, contando com a água dos céus e dos rios. Nunca deu bom resultado desafiar a natureza.
Durante muito tempo, fui contra a rega na vinha. Costumava até citar uma velha máxima de antigamente do Douro, segundo a qual “a única água que a videira deve receber é a do suor dos trabalhadores”. Esta máxima, politicamente incorrecta, é todo um programa, condensando em poucas palavras a dureza da viticultura duriense e o sofrimento dos trabalhadores e exaltando ao mesmo tempo a extraordinária resistência da videira.
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