Seca assola Trás-os-Montes “e o pior é daqui para a frente”
Ao chegar à época mais quente do ano, a região já atravessou longos meses de escassez de água. Agricultores poupam o que podem na rega, pastores têm dificuldade em encher o estômago aos animais. Autarquias ponderam interromper abastecimento de água durante a noite. Não há memória de um ano como este.
Desde os 13 anos que Arsénio Moura da Eira anda para trás e para a frente com cabras e ovelhas agrupadas em rebanho. Hoje, tem quase 60 anos, idade que lhe dá uma certa autoridade para fazer comparações. Antes, “elas espalhavam-se e comiam. Agora está tudo seco”, constata o pastor de chapéu na cabeça e T-shirt branca trilhada nas calças, encostado ao muro de pedra da principal rua de Soutelinho do Mezio, em Vila Pouca de Aguiar. A mulher, Maria de Fátima Moura da Eira, também ela com uma vida de pastoreio, confirma: “Temos os lameiros”, onde crescem os pastos, “todos sequinhos”.
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