EUA impõem restrições de viagem a 28 altos funcionários cubanos

Washington acusa o Governo de Cuba de “detenções injustas, julgamentos simulados e sentenças de prisão de décadas para centenas de manifestantes” por causa dos protestos de 11 de Julho.

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A decisão foi assinada pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken EPA/NARONG SANGNAK

O Departamento de Estado norte-americano anunciou, este domingo, a imposição de restrições de vistos a 28 altos funcionários cubanos, incluindo alguns dos que Washington alega terem estado envolvidos na repressão aos protestos de 11 de Julho de 2021, os maiores que a ilha conheceu em décadas.

“Em vez de garantirem a segurança do povo cubano e o respeito pelas suas liberdades de expressão e reunião pacífica, permitiram ou facilitaram detenções violentas e injustas, julgamentos simulados e sentenças de prisão de décadas para centenas de manifestantes”, explica o comunicado redigido por aquele departamento em relação às acções do Governo de Cuba.

Na lista estão altos funcionários do Partido Comunista cubano, responsáveis pela implementação de políticas a nível nacional e provincial e responsáveis pelos media que “participam no sector da desinformação”.

“O governo cubano empregou a limitação da Internet a 11 de Julho de 2021 para impedir que os cubanos se comunicassem e para impedir que o mundo testemunhasse os eventos históricos daquele dia. Para além disso, as autoridades dos media estatais continuam a envolver-se em campanhas contra os manifestantes presos neste dia e os familiares continuam a denunciar publicamente os casos dos seus entes queridos”, explica o comunicado.

A decisão, assinada pelo secretário de Estado, Antony Blinken, é tomada de acordo com uma Proclamação Presidencial que suspende a entrada de funcionários não emigrantes do Governo cubano e do Partido Comunista de Cuba.

Também representa uma resposta às acções de funcionários cubanos que “limitam o usufruto dos direitos humanos e liberdades fundamentais dos cidadãos cubanos” e que permitem outro tipo de ataques do seu governo.

“Esses passos também reforçam o compromisso do Governo dos Estados Unidos de dar maior liberdade e mais oportunidades económicas ao povo cubano”, concluiu o Departamento de Estado norte-americano.

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