}

Estrela da série documental Cheers da Netflix condenado por abuso sexual de menores

Jeremiah “Jerry” Harris saltou para o estrelato com a série que segue as vidas da claque da Universidade de Navarro, no Texas. Com apenas 22 anos, tem de cumprir uma pena de 12.

Foto
Jeremiah “Jerry” Harris (ao centro) esteve em Janeiro de 2020 no The Ellen DeGeneres Show DR/MICHAEL ROZMAN/WARNER BROS

O antigo animador de claque Jeremiah “Jerry” Harris foi condenado, esta quarta-feira, a 12 anos de prisão por abuso sexual de menores, noticiou o E! News, citando a Procuradoria-Geral dos EUA. Após esse tempo, o norte-americano, detido desde Setembro de 2020 no Centro Correccional Metropolitano de Chicago, terá de cumprir oito anos de liberdade condicional supervisionada pelo tribunal.

O jovem, que se notabilizou depois de ter feito parte da série documental Cheers da Netflix, que segue o trabalho dos atletas da Universidade de Navarro atrás do cobiçado título nacional das claques desportivas, fez manchetes no final de 2020 por outro motivo: foi acusado por uma mãe do Texas de ter abusado sexualmente dos seus gémeos menores.

A acusação desencadeou uma investigação que concluiu que Harris produzia pornografia infantil, tendo sido acusado de outros crimes sexuais relacionados com crianças: “exploração sexual de crianças, consumo de pornografia infantil, viagem com a tentativa de se envolver em conduta sexual com um menor e aliciamento de menores”.

Em Fevereiro, a antiga estrela de Cheers, que chegou a aparecer no The Ellen DeGeneres Show, tendo sido convidado pela anfitriã para ser o correspondente do programa nos Óscares, declarou-se culpado de uma acusação de recepção de pornografia infantil e de uma acusação de viajar com a intenção de se envolver em conduta sexual ilícita com um menor.

A defesa, com a sua confissão, alegou que Harris queria “assumir a responsabilidade pelos seus actos e transmitir publicamente o seu remorso pelos danos que causou às vítimas”. Simultaneamente, pediram que o rapaz não fosse condenado a mais do que seis anos de prisão, tendo em conta o seu arrependimento e argumentando que o facto de o próprio ter sido abusado quando era criança “distorceu” a sua compreensão.

No entanto, os procuradores apelaram por uma pena mais pesada, de 15 anos de prisão, considerando que o seu trauma passado “não era um cheque em branco para cometer ofensas sexuais contra menores”.

Actualmente com 16 anos, os irmãos gémeos que desencadearam a investigação não estão ligados às acusações de que Harris se declarou culpado, mas estiveram presentes na audiência da sentença em Chicago, segundo a BBC, tendo prestado declarações sobre os impactos traumáticos dos crimes de Harris. Em Setembro, Harris estará de volta ao tribunal para responder pela acção judicial de exploração e abuso sexual interposta pela mãe dos dois rapazes.

Sugerir correcção
Comentar