O antigo animador de claque Jeremiah “Jerry” Harris foi condenado, esta quarta-feira, a 12 anos de prisão por abuso sexual de menores, noticiou o E! News, citando a Procuradoria-Geral dos EUA. Após esse tempo, o norte-americano, detido desde Setembro de 2020 no Centro Correccional Metropolitano de Chicago, terá de cumprir oito anos de liberdade condicional supervisionada pelo tribunal.
O jovem, que se notabilizou depois de ter feito parte da série documental Cheers da Netflix, que segue o trabalho dos atletas da Universidade de Navarro atrás do cobiçado título nacional das claques desportivas, fez manchetes no final de 2020 por outro motivo: foi acusado por uma mãe do Texas de ter abusado sexualmente dos seus gémeos menores.
A acusação desencadeou uma investigação que concluiu que Harris produzia pornografia infantil, tendo sido acusado de outros crimes sexuais relacionados com crianças: “exploração sexual de crianças, consumo de pornografia infantil, viagem com a tentativa de se envolver em conduta sexual com um menor e aliciamento de menores”.
Em Fevereiro, a antiga estrela de Cheers, que chegou a aparecer no The Ellen DeGeneres Show, tendo sido convidado pela anfitriã para ser o correspondente do programa nos Óscares, declarou-se culpado de uma acusação de recepção de pornografia infantil e de uma acusação de viajar com a intenção de se envolver em conduta sexual ilícita com um menor.
A defesa, com a sua confissão, alegou que Harris queria “assumir a responsabilidade pelos seus actos e transmitir publicamente o seu remorso pelos danos que causou às vítimas”. Simultaneamente, pediram que o rapaz não fosse condenado a mais do que seis anos de prisão, tendo em conta o seu arrependimento e argumentando que o facto de o próprio ter sido abusado quando era criança “distorceu” a sua compreensão.
No entanto, os procuradores apelaram por uma pena mais pesada, de 15 anos de prisão, considerando que o seu trauma passado “não era um cheque em branco para cometer ofensas sexuais contra menores”.
Actualmente com 16 anos, os irmãos gémeos que desencadearam a investigação não estão ligados às acusações de que Harris se declarou culpado, mas estiveram presentes na audiência da sentença em Chicago, segundo a BBC, tendo prestado declarações sobre os impactos traumáticos dos crimes de Harris. Em Setembro, Harris estará de volta ao tribunal para responder pela acção judicial de exploração e abuso sexual interposta pela mãe dos dois rapazes.