Marcelo diz que nova posição do PSD sobre regionalização quebra consenso com PS

A mudança de posição do PSD “é um dado novo que quebra um consenso para uma regionalização a curto prazo entre o PS e o PSD”, disse o Presidente da República.

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“Quanto mais tarde demorar a concretização da descentralização, mais tarde ficará a concretização de um processo regionalizador”, diz Marcelo PAULO NOVAIS/Lusa

O Presidente da República insistiu que a posição do presidente do PSD, Luís Montenegro, em relação à regionalização “quebra um consenso” que havia com o PS e disse que é preciso esperar para “ver quais são as consequências”.

“A mudança de posição do PSD (...) é um dado novo que quebra um consenso para uma regionalização a curto prazo entre o PS e o PSD. Verifiquei isso, vamos ver quais são as consequências”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, questionado pelos jornalistas sobre a posição de Luís Montenegro em relação à regionalização.

No domingo, em São Paulo, Brasil, o Presidente da República tinha considerado que a regionalização seria muito difícil de concretizar face à posição do novo líder social-democrata, que é contra a realização de um referendo em 2024. Esta quarta-feira, o chefe de Estado disse que interpretou as palavras de Montenegro como uma preocupação com a possível data para um referendo.

“Como em 2024 temos eleições em Maio, que são as eleições europeias, o referendo em Portugal não pode coincidir – noutros países pode com eleições, teria de ser, muito provavelmente, antes, e o prazo está a encurtar. Interpretei as palavras do presidente do PSD como sendo preocupadas com esse encurtamento, embora ele acrescente outro argumento, que tem que ver com a guerra, os custos da guerra, a situação económico-financeira”, sustentou.

Marcelo Rebelo de Sousa insistiu que “quanto mais tarde demorar a concretização da descentralização, mais tarde ficará a concretização de um processo regionalizador”.

Notícia actualizada com correcção do título e do texto pois o Presidente da República fala em quebra de consenso na regionalização e não na descentralização como inicialmente constava