Guerra na Ucrânia hoje: o que precisa de saber
As forças ucranianas afirmam ter recuperado cerca de 20% do território inicialmente perdido para a Rússia em Severodonetsk. Mas Moscovo afirma que Kiev sofreu perdas pesadas e recuou. Depois de bombardearem a incendiarem uma ermida do século XVI, Zelensky afirmou que “a Rússia não tem lugar na UNESCO”. Mais de 14.000 cidadãos ucranianos são acusados de colaborar com Moscovo.
- Em directo. Siga os últimos desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia
- Guia visual: mapas, vídeos e imagens que explicam a guerra
- Especial: Guerra na Ucrânia
► As forças ucranianas recuperaram cerca de 20% do território inicialmente perdido para a Rússia, em Severodonetsk, Lugansk, palco dos principais combates actualmente, avançou Kiev.
► Opondo-se à Ucrânia, Moscovo alegou que as tropas ucranianas sofreram perdas pesadas durante a batalha e que recuaram para uma cidade vizinha. As forças russas explodiram pontes sobre o rio Seversky Donets para impedir que a Ucrânia traga reforços militares e ajude civis, em Severodonetsk, disse o governador da região de Lugansk.
► "A Rússia não tem lugar na UNESCO”, afirma Zelensky. O Presidente divulgou um vídeo do incêndio na Ermida de Todos os Santos de Sviatohirsk Lavra, em Donetsk, que ocorreu na manhã deste sábado. “Cada igreja incendiada pela Rússia na Ucrânia, cada escola bombardeada e cada memorial destruído prova que a Rússia não tem lugar na UNESCO”. Zelensky espera “uma resposta lógica e justa por parte da ONU e da UNESCO”.
► Mais de 1400 cidadãos ucranianos são acusados de colaborar com o exército russo, sendo que as autoridades ucranianas já detiveram alguns suspeitos, revela o Guardian. Havendo muitas formas de colaboração, será difícil, para as autoridades, garantir as punições adequadas. “Há pessoas que estavam ansiosas para ingressar no outro exército, há pessoas que colaboraram porque queriam salvar as suas vidas, e também há pessoas que foram forçadas a colaborar sob ameaça”, explica Ilko Bozhko, militar ucraniano.
► O Sul da Europa espera a chegada de mais de 150.000 migrantes este ano, devido à escassez de alimentos causada pelo conflito ucraniano, por via da falta de exportações de cereais, em zonas do Médio Oriente e do Norte de África, muito dependentes da Ucrânia.
► A Comissão Europeia não está a considerar neste momento um bloqueio ao gás russo, disse o comissário para os Assuntos Económicos, Paolo Gentiloni. “Não há sanções fora da mesa. Mas ao dia de hoje não estamos a falar de um bloqueio de gás. A questão é atingir a Rússia, mas sem nos prejudicar demasiado”, disse.
► O secretário-geral da NATO falou com o Presidente da Turquia sobre a adesão da Finlândia e Suécia. Segundo partilhou no Twitter, Stoltenberg teve um “telefonema construtivo” com Erdogan, apelidou a Turquia de “aliado valioso” e elogiou os esforços turcos para intermediar um acordo para garantir o transporte seguro de cereais. Para o país, a cimeira da NATO, em Junho, não representa um prazo para apresentar uma decisão acerca da adesão dos dois países nórdicos à Aliança Atlântica.
► Os serviços secretos da Ucrânia estão em contacto com soldados que foram capturados pelas forças russas em Azovstal, e Kiev está a fazer o possível para garantir que serão libertados, disse o ministro do Interior ucraniano, Denys Monastyrskiy. A Ucrânia quer que os combatentes sejam libertados numa troca de prisioneiros, mas alguns deputados russos já exigiram que alguns soldados fossem julgados.