Suspeito de envenenar Litvinenko morre em Moscovo de covid-19
O opositor do Kremlin morreu em 2006, semanas depois de beber chá verde misturado com polónio-210 no Hotel Millennium, em Londres, onde conheceu Kovtun e o outro suspeito, Andrei Lugovoy.
Dmitri Kovtun, um dos dois homens russos acusados pelo Reino Unido de terem envenenado o crítico do Kremlin Alexander Litvinenko, em Londres, em 2006, morreu de covid-19 num hospital de Moscovo, revelou, neste sábado, a agência de notícias russa TASS.
Litvinenko morreu semanas depois de beber chá verde misturado com polónio-210 no Hotel Millennium de Londres, onde conheceu Kovtun e o outro suspeito, Andrei Lugovoi.
Investigadores britânicos encontraram vestígios de polónio em locais em Londres onde os dois homens estiveram, incluindo em escritórios, hotéis, aviões e no estádio de futebol do Arsenal. Os dois homens negaram ter sido responsáveis pelo envenenamento e a Rússia recusou-se a extraditá-los para serem julgados.
Litvinenko, um cidadão britânico, era um ex-membro do KGB que se tornou um opositor declarado do Presidente russo, Vladimir Putin. No seu leito da morte, acusou Putin de ter ordenado que o matassem, mas o Kremlin negou sempre qualquer envolvimento.
Um juiz que participou num inquérito britânico sobre o caso concluiu, em 2016, que o assassinato foi uma operação levada a cabo pela agência de espionagem russa FSB que provavelmente foi aprovada pelo seu director na altura, Nikolai Patrushev, e pelo próprio Putin.
A agência TASS citou Lugovoi, agora membro do Parlamento russo, que disse estar de luto pela morte de um “amigo próximo e fiel”.