Metro do Porto já submeteu Estudo de Impacto Ambiental da Linha Rubi à APA
A construção da linha Rubi, prevista no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), custará 300 milhões de euros e deverá entrar em funcionamento em 2026.
A Metro do Porto já submeteu à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do projecto da linha Rubi, que inclui uma nova ponte sobre o Douro, disse esta sexta-feira à Lusa fonte oficial da empresa.
Nos próximos dias o estudo deverá ficar disponível para consulta pública, período que legalmente dura 100 dias úteis, aguardando-se depois a emissão de uma Declaração de Impacto Ambiental (DIA) por parte da APA.
O ministro do Ambiente e da Acção Climática, Duarte Cordeiro, já tinha dito na segunda-feira, no Porto, que a Metro iria avançar esta semana com a entrega do estudo junto da APA.
Segundo o governante, o estudo inclui já a nova ponte sobre o Rio Douro, que unirá as margens nas zonas da Arrábida (Gaia) e Campo Alegre (Porto).
A linha Rubi será uma nova linha do Metro do Porto entre Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia) e Casa da Música (Porto), com passagem na estação ferroviária das Devesas, em Gaia.
No dia 16 de Maio o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, já tinha dito que o EIA “é de toda a linha, onde se inclui a ponte”, e que o projectista da travessia está a dialogar com o arquitecto Siza Vieira, autor da Faculdade de Arquitectura, sobre a inserção da nova estrutura no Campo Alegre.
“Os projectos estão a ser alinhados neste momento, em termos de estudo prévio, e até ao final de Setembro, início de Outubro, acreditamos já ter o projecto final, para avançarmos até ao final do ano com o projecto de execução da empreitada, que será também uma única empreitada”, acrescentou então o responsável à Lusa.
A futura linha Rubi deverá retirar 5,2 milhões de pessoas do carro em 2026, ano previsto para o seu arranque.
De acordo com o estudo de procura disponível no site da Metro do Porto, em 2026, ano em que se prevê o arranque da linha, estão previstos 11,4 milhões de passageiros para o traçado.
Em 2026, com o efeito da entrada em operação da linha Rubi, o número de passageiros em transportes públicos (na Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), nos operadores privados e na CP - Comboios de Portugal) também aumenta em dois milhões.
No entanto, o estudo define o ano cruzeiro da operação como 2029, e aí “o potencial de captação da linha Casa da Música -- Devesas -- Santo Ovídio é de 12,7 milhões de passageiros em 2029, sendo que destes 3,5% advém da procura de indução”.
Ainda em 2029, “relativamente aos modos concorrenciais verifica-se uma diminuição nos utilizadores de transporte individual, de 5,8 milhões de passageiros, em paralelo com um aumento nos utilizadores de transporte público (considerando os passageiros da STCP, operadores privados e comboio) de 2,2 milhões de passageiros”.
Em Gaia, as estações previstas para a linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música.
A construção da linha Rubi, prevista no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), custará 300 milhões de euros mais IVA.