A arte de Joan viaja pelo mundo — e nós “roubámos” um azulejo no Porto
Joan Juncosa é um arquitecto catalão que se especializou em património. Nos últimos anos, reinventa baldosas e leva esta arte urbana — e o chão de Barcelona — a viajar pelo mundo. Encontrámo-lo perdido de amores pelos azulejos do Porto: “O paraíso dos azulejos”.
“Panot de flor”, a chamada flor de Barcelona, é um mosaico hidráulico que pisamos no salão da Casa Amantler — uma das obras modernistas mais importantes da cidade espanhola parede meeira com a inconfundível Casa Batlló —, projectada entre 1898 e 1900 por Josep Puig i Cadafalch, catalão responsável pelo desenho de muitos dos mosaicos modernistas que resistem em Barcelona. Mais de um século depois, outro arquitecto espanhol agarrou nas baldosas, reinventou-as e criou uma obra de arte urbana que viaja por todo o mundo. “A minha obra é o menos importante”, diz à Fugas durante a passagem pelo Porto, “o paraíso dos azulejos”, que o apaixonam de igual forma. “O mais importante é o que está por detrás, essa catedral, essa fachada em concreto. Vivemos ao lado de sítios magníficos aos quais não prestamos a devida atenção. E isto faz-nos prestar atenção. ‘Uau! O que ali existia já era incrível’.”
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