Quase 400 carteiristas detidos em Lisboa nos últimos quatro anos

A Polícia de Segurança Pública avança que, nos últimos quatro anos, 210 carteiristas foram apanhados em flagrante delito.

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As intervenções policiais realizadas permitiram a recuperação de 122,4 mil euros em valores monetários e patrimoniais directos Nicolau Botequilha

Quase 400 carteiristas foram detidos em Lisboa nos últimos quatro anos, dentro e fora do flagrante delito, tendo os crimes sido cometidos essencialmente contra turistas, revelou nesta quarta-feira a Polícia de Segurança Pública (PSP).

Num comunicado intitulado “Pickpocket Terminators”, a PSP indica que as detenções foram realizadas pela Brigada de Investigação Criminal, criada em 28 de Maio de 2018 para combate ao furto por carteirista.

Segundo a PSP, desde 18 de Maio de 2018 e até ao final do ano de 2021, foram detidas 392 pessoas, 210 das quais em flagrante delito, “por crimes contra o património praticados por grupos itinerantes essencialmente contra turistas”.

“Dos 392 detidos, 57 ficaram em prisão preventiva (a maioria deles ainda presos já em regime de cumprimento de pena de prisão transitada), e os demais foram condenados em pena de prisão efectiva, em penas de prisão suspensas na sua execução e muitos outros condenados a penas de multa”, lê-se no comunicado.

De acordo com a PSP, sendo pagas, essas multas totalizariam 104 mil euros.

Outros detidos ficaram obrigados a apresentações periódicas ou termo de identidade e residência, acrescenta.

As operações policiais realizadas por aquela brigada permitiram ainda recuperar 122,4 mil euros em valores monetários e patrimoniais directos.

Apesar de ter sido criada para o combate ao furto por carteirista, a Brigada de Investigação Criminal tem actuado também noutro tipo de crimes.

“Além do objecto/foco principal de intervenção desta brigada no quadro patrimonial, destaca-se ainda o seu envolvimento activo em muitos outros serviços como destacam os 100 detidos por tráfico de estupefacientes, receptação, roubo, ofensas à integridade física que culminaram, alguns deles, também em prisões preventivas”, refere a PSP.