Maestrina Joana Carneiro estreia-se na Ópera de Paris em Março de 2023
Acompanhará peça de Bobbi Jene Smith, que também se estreia na instituição francesa.
A maestrina portuguesa Joana Carneiro vai estrear-se na Ópera de Paris, em Março de 2023, para dirigir a orquestra da sala francesa, a acompanhar uma peça da coreógrafa norte-americana Bobbi Jene Smith.
Entre 17 e 30 de Março de 2023, no Palácio Garnier, na capital francesa, Joana Carneiro vai estar em palco com a Orquestra da Ópera Nacional de Paris para o espectáculo que também marca a estreia de Jene Smith naquela instituição.
Numa entrevista publicada na página da Ópera Nacional de Paris, a coreógrafa norte-americana explicou que o Concerto para Violino de Jean Sibelius (1865-1957) estará “no coração da peça” a apresentar, a par de uma nova composição de Celeste Oram.
“A jovem coreógrafa americana Bobbi Jene Smith é convidada pela primeira vez para a Ópera de Paris para criar um trabalho no seu estilo sensual, tribal e teatral. Nascida no Iowa, juntou-se à Companhia de Dança de Batsheva em 2009, onde dançou durante nove anos sob a direcção de Ohad Naharin”, lembra a Ópera Nacional de Paris.
Com 30 anos, em 2014, deixou Batsheva, em Israel, para experimentar o trabalho como coreógrafa, tendo regressado aos Estados Unidos e dado aulas em várias universidades e conservatórios.
“Nas suas criações, ela constrói a sua linguagem a partir de movimentos de enorme intensidade, apoiados numa cenografia contemporânea e figurativa. A sua abordagem dramática e a sua procura por um movimento autêntico exploram o masculino e o feminino, retratando personagens que contam histórias tocantes com os seus corpos”, acrescenta o mesmo texto.
Na sexta-feira, a maestrina portuguesa Joana Carneiro vai dirigir a orquestra da Ópera Nacional Inglesa, numa adaptação da obra A história de uma serva, de Margaret Atwood, no Coliseu de Londres, com música de Paul Ruders e libreto de Paul Bentley.
Joana Carneiro deixou de ser maestrina titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) no final do ano passado, altura em que terminou o seu mandato, depois de oito anos à frente da OSP, tendo sido sucessivamente reconduzida, até comunicar o seu desejo de cessar funções.
Em 2017, dirigiu a Orquestra Filarmónica Real de Estocolmo, no concerto da cerimónia de entrega dos prémios Nobel na capital sueca. Entre 2009 e 2018, foi directora musical da Orquestra Sinfónica de Berkeley, nos Estados Unidos.