O passado e o presente dos povos indígenas sobressaem nas imagens do ano da World Press Photo
Vêm do Brasil, do Canadá e da Austrália os trabalhos premiados esta quinta-feira no maior concurso de fotojornalismo e fotografia documental do mundo. Os temas da memória colonial, da Amazónia sob Bolsonaro e dos saberes ancestrais estão entre as escolhas.
A imagem da fotógrafa canadiana Amber Bracken falará por si própria, mas a presidente do júri do World Press Photo, Rena Effendi, fez questão de reforçar o seu poder simbólico: “É o tipo de imagem que fica queimada na nossa memória, inspira uma reacção sensorial. Quase se consegue ouvir a quietude, um momento silencioso de ajuste de contas global com a história da colonização, não só no Canadá mas em todo o mundo.” As cruzes com vestidos vermelhos que adejam na brisa, homenageando, à beira da estrada, as crianças mortas na Kamloops Indian Residential School, instituição criada para “assimilar crianças indígenas” na Colúmbia Britânica, dão conta de uma trágica descoberta feita no ano passado no Canadá. Esta quinta-feira, a história desta imagem viu-se acrescentada de mais uma linha: é a Fotografia do Ano da World Press Photo.
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