Cacué, Ofício e Essencial entre os vencedores dos novos prémios Lisbon Insiders
Projectos lisboetas, personalizados e de pequena escala, em destaque num guia nascido das escolhas de Stephanie Pons no Instagram.
Há muitas Lisboas possíveis quando pensamos na oferta de restauração e hotelaria. Lisbon Insiders, página de Instagram, site e agora também um guia em papel, revela-nos uma delas – um olhar com curadoria sobre uma cidade que não é a das tascas familiares nem a das estrelas Michelin, mas a dos pequenos negócios, modernos e personalizados. Foi essa a Lisboa premiada na noite de segunda-feira, na primeira edição dos prémios Lisbon Insiders, no armazém La Distillerie, junto ao Panteão.
Foram 60 os nomeados em 12 categorias diferentes e, claro, 12 vencedores escolhidos por um júri. As categorias não são necessariamente as óbvias: há uma Melhor Chef (Alana Mostachio, do VDB Bistronomie), mas não há um melhor restaurante, há antes um Melhor Português Moderno (Cacué), um Novidade do Ano (Ofício), mas também um Melhor Restaurante Pequeno (Âmago), um Must Go do Ano (Essencial) e um Prémio Little Insiders (que foi para o Ruvida, italiano de Alcântara).
A estes somam-se um Crush do Ano (Prado Mercearia), e até um Melhor para Gordices (Musa da Bica). O Melhor Bar de Vinhos Naturais é a Comida Independente, a Melhor Padaria é o Isco, o Melhor Rooftop, o Javá, e o Melhor Quarto de Hotel é o do Santa Clara 1728.
Para ficar a conhecer melhor cada um destes projectos, e os restantes nomeados, a Lisbon Insiders edita o seu primeiro guia (19,95€) com informação e fotos sobre todos eles. O objectivo aqui é “dar visibilidade a pequenos negócios, destacando espaços modernos e carismáticos, apostando na diversidade e na igualdade de género”, explicam os organizadores.
E, por falar em organizadores, quem está por trás do Lisbon Insiders é Stephanie Pons, que tem 37 anos, origens francesa e venezuelana, e mudou-se para Portugal há três anos, tendo trabalhado durante uma década na área de restauração e hotelaria. Foi durante a pandemia, e como forma de tentar ajudar os negócios a enfrentar uma situação particularmente difícil, que Stephanie começou a página de Instagram onde ia divulgando os seus locais preferidos em Lisboa.
O projecto foi crescendo e, para esta nova fase, Stephanie juntou-se a Inês Matos Andrade, directora de gastronomia da agência de comunicação O Apartamento, que foi editora executiva do guia e, tal como Stephanie, integrou o júri (que pagou todas as refeições nos 60 espaços nomeados), ao lado de Diogo Lopes, antigo jornalista de gastronomia do Observador; Juliana Cavalcanti, directora criativa de projectos em hotelaria; Lauriane Gepner, jornalista de viagens; Duarte Lebre de Freitas, advogado e entusiasta de temas gastronómicos; e Emma Campus, do Design Escapes Portugal.
A cerimónia foi apresentada por Joana Barrios e os vencedores receberam facas criadas por Paulo Tuna Bladesmith (o Melhor Bar recebeu um saca-rolhas e a Melhor Padaria uma faca de manteiga). O Melhor Quarto de Hotel recebeu um vaso da autoria do artesão Miguel Neto.