Arte na Paisagem: um convite para “jogar com a natureza” na Penha

Quatro artistas plásticos e uma montanha — da Penha. Nós e 11 quilómetros que nos desafiam e nos envolvem. O valor da natureza e a nossa intromissão. Tudo entrelaçado. Arte na Paisagem não é um passeio no parque. “Ânimo, é sempre a descer até lá acima!”

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Quatro símbolos gigantes dos botões de um comando de PlayStation Luís Octávio Costa
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O percurso atravessa os jardins do Mosteiro de Guimarães Luís Octávio Costa
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O caminho entre os penedos e o musgo Luís Octávio Costa
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Uma das obras de Pedro Bastos Luís Octávio Costa
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São 11 quilómetros na Montanha da Penha Luís Octávio Costa
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O percurso atravessa penedos cobertos de musgo Luís Octávio Costa
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A iniciativa partiu da associação Erdal Luís Octávio Costa
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A Montanha da Penha Luís Octávio Costa

Friluftsliv. Nuno Machado faz uma pausa e arrisca pronunciar a palavra norueguesa que melhor traduz a nossa manhã, os desafiadores 11 quilómetros nas encostas da montanha da Penha — fez chuva e fez sol. “Vida ao ar livre”, diz o artista vimaranense (1979), procurando traduzir uma expressão popularizada na década de 1850 pelo dramaturgo e poeta norueguês Henrik Ibsen que usava o termo para descrever o incalculável valor de passar o tempo em locais remotos da natureza. “Está muito em voga após a pandemia. Convoca as pessoas a passarem tempo ao ar livre e não necessariamente com espírito competitivo. Pode ser para dar uma aula na natureza, ler um livro ou fazer um piquenique”, sublinha o artista plástico junto a quatro peças escultóricas em madeira, quatro molduras dos nossos tempos, quatro símbolos gigantes dos botões de um comando de PlayStation entrelaçados nos ramos de quatro árvores e que simbolicamente as abraçam. Porque “o mundo está cada vez mais tecnológico e as pessoas cada vez mais sedentárias, mais ligadas às Netflixs e às PlayStations”, traduz Nuno Machado, que desta forma convoca as pessoas a virem “jogar com a natureza”.

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