Isabel II tem primeiro encontro depois da covid-19 e está “tão perspicaz como sempre”, assegura Trudeau

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, deslocou-se ao Reino Unido para se encontrar com o seu homólogo britânico, Boris Johnson. Na agenda, uma resposta internacional à invasão russa da Ucrânia.

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Reuters/POOL

Depois de ter sido infectada com covid-19 e ficado longe dos holofotes, a rainha Isabel II regressou aos seus compromissos. A sua primeira reunião presencial após a recuperação foi com o primeiro-ministro do Canadá. Segundo Justin Trudeau, a monarca, a pouco mais de um mês de completar os 96 anos, está “tão lúcida e perspicaz como sempre”, revelando um grande interesse sobre o que se está a passar na Ucrânia.

Nas imagens do encontro, em que se vê a rainha e Trudeau de mãos dadas, sobressaem as flores escolhidas: amarelas e azuis, numa alusão à bandeira ucraniana. O apoio ao país da Europa de Leste já tinha sido assumido quando Isabel II fez um “generoso donativo" ao Comité de Emergência de Catástrofes que trabalha na ajuda humanitária na zona atingida pelo conflito.

Isabel II, além de rainha no Reino Unido, detém a coroa de outros três países independentes, um dos quais o Canadá (os outros dois são a Austrália e a Nova Zelândia), que, tal como o Reino Unido, é membro fundador da NATO, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, assente num acordo assinado em 1949 para a defesa conjunta.

O encontro com a monarca antecedeu a reunião de Trudeau com Boris Johnson, que se encontra esta segunda-feira também com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte. O governante britânico pretende pôr em marcha um plano de seis pontos, que inclui, por um lado, uma coligação humanitária internacional e o apoio à Ucrânia na sua defesa e, por outro, o agravamento da pressão económica sobre o regime russo.

A rainha, que assinalou o jubileu de platina no início de Fevereiro, recebeu o teste positivo ao coronavírus SARS-CoV-2 duas semanas depois, o que causou alguma preocupação dada a sua idade. Com alguns sintomas, Isabel II cancelou os compromissos, tendo ficado resguardada no Castelo de Windsor, onde recebeu o primeiro-ministro canadiano.