Acesso à cultura em Portugal ainda é privilégio dos mais ricos, mais novos e mais instruídos

O primeiro inquérito nacional às práticas culturais dos portugueses, levado a cabo pelo Instituto de Ciências Sociais a pedido da Gulbenkian, confirma as acentuadas clivagens sociais neste campo, mas também traz boas notícias. Os livros estão em queda, a leitura não necessariamente. E, alavancados pela escolaridade, alguns consumos mais eruditos transpõem as barreiras de classe.

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O acesso aos museus é profundamente desigual em Portugal: só 6% dos inquiridos do escalão mais baixo de rendimentos entraram num no período abrangido pelo inquérito, contra 60% no escalão mais alto Nuno Ferreira Santos

É um retrato dos consumos culturais dos portugueses, o primeiro de âmbito verdadeiramente nacional. Com que regularidade vão ao cinema, com quem e para ver que tipo de filmes? Quantos livros lêem por ano, em que suporte e de que género? Que espectáculos frequentam, que monumentos e museus visitam? Terão conhecimentos para desfrutar da oferta cultural? E que impacto tem hoje a Internet no acesso a estes bens?

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