“Encurralado” pelo Vox, o PP arrisca-se a esperar demasiado para reagir

Casado resiste, por agora, ao cenário que se perspectiva como inevitável, enquanto o líder popular em Castela e Leão admite todas as opções, “sem linhas vermelhas”. Aliança regional iniciará nova fase para a direita espanhola.

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Casado apostou forte nas eleições de domingo em Castela e Leão e perdeu em toda a linha Sergio Perez/EFE

Pablo Casado tinha sonhado com umas eleições que provariam a apregoada “mudança de ciclo político” em Espanha e assinalariam o início da sua marcha triunfante a caminho da vitória nas legislativas, previstas para o final de 2023. Contados os votos em Castela e Leão, e com o Partido Popular a precisar do Vox – ou, em alternativa, do PSOE – para ter maioria, a direcção nacional começou por defender que é melhor uma minoria instável do que um pacto com a extrema-direita. Por convicção ou desespero (defender o contrário significa admitir o fracasso da sua estratégia), esta intenção não é realista e a extrema-direita já se vê como parte do seu primeiro governo autonómico.

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