Mais um teste ao FC Porto pós-Díaz
Ganhando ao Arouca, os “dragões” garantem que, na pior das hipóteses, sairão do clássico de dia 11, frente ao Sporting, com três pontos de vantagem.
Neste domingo, ao final da tarde (18h, SPTV), o FC Porto não tem a liderança do campeonato em jogo, que a distância para o Sporting ainda permite tropeções, mas tem o segundo teste sem Luis Díaz.
Frente ao Marítimo, assistiu-se a um paradoxo interessante. A equipa mostrou-se pouco dependente do colombiano pelas soluções colectivas que encontrou para criar jogo ofensivo, mas, individualmente, o substituto directo do agora jogador do Liverpool, Pepê, não teve um desempenho feliz.
Frente ao Arouca, duas questões poderão, ou não, ter resposta: se este é mesmo um FC Porto capaz de prosperar sem Díaz e se Pepê é o “novo Díaz”, agora que chegou Galeno, um jogador de predicados e movimentos bastante mais parecidos com o colombiano.
Na antevisão da partida, Sérgio Conceição, que pode igualar um recorde de vitórias, abordou esse tema. “O Galeno esteve connosco numa fase inicial da carreira. Na altura, tínhamos jogadores para a sua posição que achava que davam uma resposta mais rápida e capaz. O Sp. Braga não só lhe deu esse ritmo competitivo, como aquilo que é necessário para alguém que alinha naquela posição. Tem várias características que nos podem ajudar”, elogiou.
Sobre o jogo em Arouca, Conceição desvalorizou o peso específico desta partida, apesar de este ser o jogo que antecede a recepção ao Sporting. Tal equivale a dizer que, com seis pontos de vantagem, um tropeção em Arouca, sobretudo na forma de derrota, pode significar dar aos “leões” a possibilidade de irem ao Dragão disputarem a liderança da I Liga.
Ganhando ao Arouca, os “dragões” garantem que, na pior das hipóteses, sairão desse clássico de dia 11 ainda com três pontos de vantagem para o Sporting – mantendo, portanto, uma última margem de erro, ainda que curta.
Para isso acontecer o FC Porto tem de ultrapassar uma equipa que, segundo o seu treinador, Armando Evangelista, quer arriscar e vencer. “Preferimos encarar o jogo a arriscar para ganhar do que com medo de perder. Se tivermos receio, estamos mais perto de não somar nada. Só com audácia e atrevimento podemos criar desconforto ao FC Porto. É possível tirar pontos ao líder do campeonato”, apontou.
Esta promessa vai ao encontro do que os arouquenses fizeram, no dia 21 de Janeiro, ao Benfica. Perderam e não foram propriamente capazes de criar perigo de forma constante, mas audácia, sobretudo na segunda parte, não faltou à formação de Evangelista