PJ detém quatro elementos de grupo dedicado à produção e exportação de cannabis para a Europa

Os detidos são todos estrangeiros, com idades compreendidas entre os 35 e os 59 anos.

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A cannabis produzida continha um elevado teor de tetrahidrocanabinol (THC) Sergio Azenha

Quatro pessoas, três homens e uma mulher, foram detidas em Portugal por fortes suspeitas de integrarem uma organização criminosa com implantação em vários países europeus dedicada à produção, exportação e distribuição “em larga escala” de cannabis, foi divulgado esta sexta-feira.

Em comunicado, a Polícia Judiciaria (PJ) explicou que, através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, e num inquérito dirigido pelo Ministério Público de Almada (distrito de Setúbal), realizou nos últimos dias uma operação policial visando desmantelar “locais de produção ‘indoor’ de grandes quantidades de cannabis”.

De acordo com a PJ, os detidos são todos estrangeiros, com idades compreendidas entre os 35 e os 59 anos, tendo sido já presentes às autoridades para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.

A operação, segundo a PJ, contou com o apoio do Laboratório de Polícia Científica e é o resultado de uma investigação iniciada em meados de 2021 na sequência da detecção, em território nacional, de encomendas de cannabis que estavam a ser enviadas para outros países europeus.

Os locais de produção desmantelados funcionavam no interior de armazéns de grandes dimensões, localizados na região da Grande Lisboa e na zona centro do país, sendo que neste último caso se encontrava ainda em fase de instalação.

O local, que já tinha produção, estava equipado com “sofisticados sistemas de controlo de temperatura, humidade, fertilização, rega, ventilação e extracção forçada de ar, com filtragem de odores”, tudo para maximizar a capacidade produtiva e evitar a sua detecção por parte das autoridades.

A PJ adianta que foram apreendidas um total de “largos milhares de plantas de Canábis Sativa L em diferentes estados de crescimento”, divididas por estufas autonomizadas. A cannabis produzida continha um elevado teor de tetrahidrocanabinol (THC), destinando-se a ser exportada, maioritariamente para países do norte da Europa.

Além de outros elementos de prova, as autoridades apreenderam uma “considerável quantidade de droga já pronta para expedição, num total de cerca de 125 quilogramas”.