O que trouxeram ao fado dez anos como Património da Humanidade
Este sábado passam dez anos sobre a atribuição ao fado, pela UNESCO, do estatuto de Património Imaterial da Humanidade. Que efeitos teve e onde está o fado hoje? Carminho, Pedro de Castro e Vasco Sacramento ajudam-nos a responder.
Foi há dez anos que a notícia chegou madrugada dentro. Já se esperava que de Bali viesse a boa nova que confirmaria o fado com a distinção de Património Imaterial da Humanidade, atribuída pela UNESCO. Mas nem por isso a celebração deixou de se fazer em ambiente de grande festa. Pedro de Castro, guitarrista e proprietário da Mesa de Frades, estava nessa noite a participar numa emissão radiofónica que envolvia várias casas de fado, com actuações em directo que preenchiam os minutos de nervosismo enquanto se esperava pela comunicação oficial. “Foi uma noite interminável de fados”, recorda ao PÚBLICO. “Estivemos em directo, em sofrimento, até termos a notícia. E então recebemo-la com grande alegria, porque todos nós fazemos parte e é sempre bom haver esse reconhecimento.” Mas se a noite na Mesa de Frades se prolongou ainda por várias horas, os dias seguintes trariam a expectativa de perceber “que impacto” esta medalha na lapela de um género musical nascido algures na dobragem do século XIX para o século XX “teria num futuro próximo ou longínquo”.
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