“Não estás sozinho”, diz a modelo Bella Hadid a todos os que sofrem de ansiedade e depressão
A supermodelo norte-americana, de 25 anos, desabafou nas redes sociais que luta contra a depressão e “chora quase todos os dias”.
Bella Hadid usou a sua página da rede social Instagram, com 47 milhões de seguidores, para fazer um apelo à importância da saúde mental. A supermodelo admitiu que passa com alguma regularidade por esgotamentos e lida todos os dias com episódios de depressão e ansiedade. “Não estás sozinho”, remata.
Em contraste com as outras publicações que faz na sua página, geralmente associadas a publicidade para marca ou a desfiles em que participa, Bella Hadid partilhou várias fotografias em que aparece sem maquilhagem e visivelmente abatida. São imagens captadas em momentos mais difíceis em termos psicológicos. O objectivo, escreve, é mostrar que “as redes sociais não são reais”.
“Às vezes tudo aquilo que precisamos de ouvir é que não estamos sozinhos. Portanto, de mim para ti, digo-te que não, não estás sozinho e eu amo-te. Eu vejo-te, eu ouço-te. Procurar ajuda e ter problemas mentais não é uma coisa linear e é quase como uma montanha-russa de obstáculos... Temos altos e baixos, momentos bons e maus. Mas eu quero que saibas que há sempre luz ao fim do túnel e que a montanha-russa eventualmente chega a parar”, acrescenta na publicação, que também é acompanhada por um excerto da actriz e cantora Willow Smith, filha de Will e Jada Smith, em que fala igualmente sobre inseguranças e ansiedade. Para Bella Hadid, as palavras de Smith fizeram-na sentir-se compreendida.
A modelo já tinha vindo a público falar sobre o tema da saúde mental e sobre como a sua doença de Lyme por vezes tem imapcto no seu bem-estar psicológico. De acordo com a Associação para a Ansiedade e Depressão norte-americana, síndromes de ansiedade são dos problemas psicológicos mais comuns nos EUA, afectando quase 40 milhões de adultos e os números pioraram com a pandemia. Segundo um estudo divulgado pela revista The Lancet, os casos de depressão e ansiedade aumentaram 25% desde o deflagrar da crise pandémica. Os mais afectados são sobretudo as mulheres e os jovens.
Em Portugal, o cenário não é muito diferente e os sintomas de tristeza, medo e raiva cresceram especialmente entre os adolescentes com idades entre os 13 e 16 anos, aponta uma investigação da Universidade de Coimbra.